Search
segunda-feira 20 maio 2024
  • :
  • :

PGR se manifesta contra divulgação de mensagens entre empresários e Aras

Na petição, órgão sustenta que parlamentares vêm tentando usar o caso para ganhar promoção na mídia

Foto: Sergio Almeida / CNMP / Divulgação

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se manifestou pelo arquivamento de um pedido de senadores para que sejam divulgadas mensagens trocadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, com empresários sob investigação. Os executivos faziam parte de um grupo no WhatsApp, onde cogitaram a realização de um golpe de Estado em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.

Na petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Lindôra sustenta que os parlamentares não detêm legitimidade para fazer esse tipo de solicitação por não serem partes no processo. Além disso, de acordo com a vice-procuradora-geral, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 não existe mais e, por isso, os integrantes do colegiado perderam a prerrogativa de fiscalizar o Ministério Público. O caso é analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Para Lindôra, considerada o braço direito de Augusto Aras, a tarefa de fiscalização, nesse caso, deve ser do presidente do Senado. No documento, Lindôra critica enfaticamente o pedido dos senadores dizendo que os parlamentares criaram um esquema de autopromoção por meio da mídia.

“Oportuno salientar que constantes e reiteradas petições de agentes políticos no Supremo Tribunal Federal têm se afigurado como estratagemas para possíveis intenções midiáticas daqueles que, cada vez mais, endereçam pedidos abusivos e descabidos à Suprema Corte e, ainda, chicana nas redes sociais, confessando o esquema”, opina a procuradora.

“Pretende-se, em verdade, tentativa de abertura de prospecção probatória a ser desenvolvida por específicos atores políticos em ano eleitoral, com a correlata exploração midiática de sua atuação, e consequente intento de ‘fishing expedition’ em nova frente política em busca de protagonismo jurídico em substituição às autoridades competentes”, completa a manifestação da PGR.

R7



error: Content is protected !!