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quarta-feira 15 maio 2024
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Memórias de Sarandi 6 – Humberto Paris

A imagem pode conter: 23 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas sentadas

MEMÓRIAS DE SARANDI 6
Época: Década de 1940/50
Depois: Década de 1960
Humberto Tesser Paris

CASAMENTO DA ILKA KAISER
Na foto, Da esquerda para direita, sentados: meus tios Adelaide Paris e Luis Paris, Ilka Kaiser, Artur Berlet, ?, e Erica Kaiser. O guri na frente deve ser o Teodoro Kaiser. O terceiro da segunda fila tem um rosto bem familiar.
Este foto é do casamento de Ilka Kaiser e possivelmente meus tios foram padrinhos, pois os Kaiser moravam em frente aos Paris, na Avenida Expedicionário esquina Rua Julio Mailhos.

ARTUR BERLET
Quero falar do Artur Berlet, que pode ser considerado uma
personalidade de Sarandi. Os alemães o levaram para a Alemanha para contar a história relativa a sua viagem extra-terrestre. Não tive a oportunidade de ler o livro que foi escrito, mas meu primo Heitor Tesser Vedana me contou sobre a riqueza de detalhes de coisas e objetos que Berlet teria visto, o que tornava a história bem interessante.

O TRATORISTA
Eu morava na Rua Paulo Dal’Oglio e, a meia quadra da minha casa, era a Rua Pietro Cescon, que tinha uma lomba onde a rocha aflorava a superfície, dificultando o trânsito dos poucos veículos da época.
Havia um morador que, nos dias de chuva, subia de ré com o seu DKV, pois de frente patinava e não saia do lugar.
O Berlet dirigia um trator de esteira da prefeitura e ficou um longo período nessa lomba com o trator, ao mesmo tempo que ia dinamitando a rocha para regularizar a rua.
Eu tinha menos de 7 anos na época. Quando ouvia o barulho da dinamite eu corria para ver e ficava bastante tempo observando. As rochas eram perfuradas para colocar a
dinamite e encima eram colocados vários caibros de madeira para evitar que as pedras saltassem longe. Mas os caibros voavam pelo menos uns 2 metros. O trator ficava dia e noite no local e eu aproveitava para brincar, explorando-o quando não estava em uso, muitas vezes acompanhado do meu amigo Roque Perone.
Alguns anos depois o Berlet foi com seu trator e dinamites para a Avenida Expedicionário. Ali ele trabalhou para a duplicação entre o Colégio das Freiras e o asfalto, onde é atualmente a entrada principal da cidade. Nesse período eu já não estava mais em Sarandi. Nesse local, pelo que eu sei, o Berlet sofreu um acidente e perdeu uma das pernas.




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