Operação da Polícia Civil causa mais de R$ 30 milhões em prejuízos para facção do Vale do Sinos

A Polícia Civil gerou um prejuízo, na manhã desta quarta-feira, de cerca de R$ 30 milhões a uma facção que atua no Vale do Sinos. Em operação conjunta, deflagrada em território gaúcho e em Santa Catarina, abrangendo 10 cidades, as forças de segurança cumpriram 173 ordens judiciais de prisão e busca e apreensão. A investigação mira em esquemas de lavagem de dinheiro e execuções.

Em entrevista com à Rádio Guaíba, o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Mario Souza, afirmou se tratar de um grande golpe contra o crime organizado. “Nós quebramos parte da estrutura financeira desses criminosos que ordenaram diversas mortes na Capital.

Hoje nós estamos atuando com mais de 300 policiais civis e militares em dois estados e 10 cidades, buscando apreensão de armas e munições e, principalmente, prisões de executores, responsabilização de mandantes e retirada de poderio econômico dessa facção”.

Souza destacou que essa liderança já está sendo indiciada por 12 mortes em Porto Alegre e, além do dinheiro apreendido, foram executadas quatro prisões na manhã desta quarta.

A Operação Fratelli, que teve início em 2022 e é realizada pela 4ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, recebeu esse nome devido a forma de agir dos criminosos, que é semelhante ao da máfia italiana. As autoridades constataram que muitos dos crimes foram cometidos por famílias integrantes de uma das ramificações da facção gaúcha.

Também foram apreendidas outras provas, como celulares, computadores, armas e munições. A operação contou com o apoio da Brigada Militar, da Susepe e da Polícia Civil de Santa Catarina e acontece em cinco cidades gaúchas:

Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom e Charqueadas, além de cinco cidades de Santa Catarina: Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú e Bombinhas, em Santa Catarina.

FONTE Nádia Martins / Rádio Guaíba