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sábado 27 abril 2024
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Missão da Anvisa vai inspecionar laboratórios de vacinas na China

Brasileiros vão visitar os laboratórios da Sinovac e da Wuxi Biologics

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Uma missão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai inspecionar empresas envolvidas em pesquisas de vacinas para o combate à Covid-19. Entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro, representantes da agência reguladora vão avaliar as condições dos laboratórios da Sinovac e da Wuxi Biologics.

A viagem vai buscar analisar se as empresas cumprem os requisitos necessários para o registro de vacinas caso as pesquisas em desenvolvimento indiquem a eficácia e os responsáveis queiram comercializar os remédios no Brasil.

A Sinovac desenvolve a vacina Coronavac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. No mês passado, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou a aquisição de 46 milhões de doses. No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo federal não vai comprar a “vacina chinesa” enquanto ela não tiver eficácia garantida.

Nesta semana, a Anvisa anunciou a interrupção dos testes com a Coronavac alegando a existência de um evento adverso, no caso a morte de um voluntário no estudo. Contudo, o Instituto Butantan afirmou que o falecimento não teve relação com a vacina, o que gerou reações de políticos e pesquisadores sobre a atuação da Anvisa. Os testes tiveram a retomada autorizada pela Anvisa ontem.

A Wuxi Biologics fabrica insumos para a vacina de Oxford, nome dado para o tratamento que também está em fase de testes e é desenvolvido por um consórcio formado pela instituição de ensino britânica e pelo laboratório Astrazeneca. O governo brasileiro, mesmo antes da conclusão das pesquisas e comprovação da eficácia, firmou acordo com o grupo responsável para adquirir insumos para a fabricação da vacina no país, tarefa que vai ficar a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na semana passada, a Fiocruz informou que vai submeter à Anvisa documentos para a avaliação dos testes realizados pela Astrazeneca e pela equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford envolvida no desenvolvimento da vacina. A expectativa da Fiocruz é começar a produzir doses da vacina em janeiro do ano que vem.

Agência Brasil



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