Paciente cometeu suposto suicídio, conforme o Butantan; testes foram retomados ontem
A morte de um voluntário nos estudos clínicos da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, se deu em decorrência de intoxicação exógena por agentes químicos, de acordo com laudos periciais do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, divulgados hoje.
Os exames constataram a presença de opioides, sedativos e álcool no sangue na vítima. Os resultados foram encaminhados às autoridades do 93º DP (Jaguaré), na zona Oeste da capital paulista.
Na segunda-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os estudos com a vacina após uma ocorrência de “evento adverso grave” – no caso, a morte de um farmacêutico, de 32 anos, participante voluntário dos testes, que conforme o Butantan, cometeu aparente suicídio.
Na terça, o diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres, afirmou que a interrupção se deu por uma “decisão técnica” diante de “informações insuficientes” sobre o caso. Ontem, a Anvisa liberou a continuidade dos testes, retomados, no Rio Grande do Sul, no Hospital São Lucas, da PUCRS, em Porto Alegre.
