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sábado 23 novembro 2024
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Trump insiste em teoria de fraude eleitoral ao conceder entrevista

Republicano falou com a Fox News sobre a morte do radialista Rush Limbaugh e voltou a atacar resultado da eleição de 2020

Trump está em seu clube Mar-a-Lago, na Flórida

Foto: Timothy A. Clary / AFP / CP

Trump está em seu clube Mar-a-Lago, na Flórida

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump concedeu sua primeira entrevista desde que deixou o poder para falar sobre o amigo Rush Limbaugh, radialista conservador que morreu nesta quarta-feira, mas também criticou o Partido Republicano e insistiu que houve fraude nas eleições, sem apresentar provas.

Trump, que está em seu clube Mar-a-Lago, na Flórida, conversou por telefone com a emissora “Fox News” para elogiar Limbaugh, que o entrevistou várias vezes.

“Rush acreditava que tínhamos ganhado, e eu também. Acredito que ganhamos substancialmente (as eleições), e Rush pensou que tínhamos vencido por volta das 22h (do dia 3 de novembro de 2020), que já tinha acabado. Muitas pessoas sentem isso”, contou.

Acusações sem provas

Trump se referia à apuração em tempo real dos votos. Até a noite da eleição, Trump aparecia na frente, mas muitos votos enviados por correio ainda não tinham sido contabilizados. Posteriormente, o democrata Joe Biden “virou o jogo” e foi eleito presidente.

“Não acredito que isso aconteceria com algum democrata, haveria distúrbios por todas as partes se tivesse acontecido com democratas. Não temos o mesmo apoio em certos níveis do Partido Republicano, mas temos pessoas geniais entre os republicanos. Rush sentia que tínhamos ganhado e estava chateado com isso”, complementou Trump.

Desde que as projeções da imprensa apontaram Biden como vencedor das eleições presidenciais quatro dias após a votação, Trump insistiu nas acusações de fraude eleitoral sem apresentar provas e só veio a reconhecer o triunfo do rival após a Câmara dos Representantes ter aprovado, em 13 de janeiro, a abertura de um processo de impeachment contra ele pelo ataque ao Capitólio.

No dia 6 de janeiro, centenas de apoiadores radicais de Trump, inflamados por um discurso do então presidente, invadiram o Capitólio enquanto ocorria uma sessão conjunta de ambas as câmaras para ratificar a vitória de Biden nas eleições.




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