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quinta-feira 21 novembro 2024
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Roger’s Academia – Lesões de cintura escapular (Ombro) e a Osteopatia

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Veja esse ótimo vídeo, de forma bem didática, de como o Complexo Ombro é realmente “complexo” em termos biomecânicos e cinesiológicos, e como a visão Osteopática mostra outras diversas possibilidades de dor referida e interações do corpo todo!

Revisando o Complexo Ombro e descobrindo 2 movimentos básicos…

A cintura escapular é uma complexa unidade funcional composta por 4 articulações distintas, ou seja, não é apenas uma região de ligação do tórax com o membro superior, mas sim toda essa estrutura localizada bilateralmente na entrada torácica, desde a parte inferior do pescoço até a porção proximal do membro superior, incluindo ossos, músculos, ligamentos e fáscias.

Os componentes ósseos formadores da cintura escapular são: ESCÁPULA, ÚMERO, CLAVÍCULA, ESTERNO, 1ª COSTELA E T1 (10 OSSOS).

Desmembrando-se esse complexo, a cintura escapular é formada por 4 articulações:

·         Esterno-clavicular;

·         Acrômio-clavicular;

·         Escápulo-torácica;

·         Gleno-umeral

Se deve levar em consideração que, por se tratar de uma zona de transição entre um componente rígido (tórax) e outro muito móvel (pescoço) esse local torna-se muito susceptível a lesões em virtude do estresse sofrido. Da mesma forma é interessante mencionar que todos os componentes vasculares e nervosos medulares, que se dirigem para a cabeça, devem obrigatoriamente atravessar a cintura escapular e, por ventura, se a conformação desta não estiver equilibrada, podem ser observados assim alguns transtornos vasculares e\ou nervosos.

Deve ser enfatizada também a relação que a cintura escapular tem com o restante do corpo, uma vez que sua disposição anatômica permite relacionar-se diretamente (articular) com o tronco, membro superior e pescoço, além de indiretamente (relação miofascial) com a cabeça, ATM, coluna lombar e, consequentemente, membros inferiores. Destaca-se a ação do músculo latíssimo do dorso (grande dorsal), o qual relaciona a cintura pélvica e a coluna lombar com a articulação gleno-umeral, justificando alguns casos de associação de sintomas lombo-pélvicos com quadros de dor e limitação de movimento do ombro.

Da mesma forma, é interessante ressaltar que ao nível de C3, C4 e C5 na coluna cervical emergem raízes nervosas destinadas ao ombro e, da mesma forma, fibras que vão inervar sensitivamente algumas vísceras como o fígado e coração, justificando-se, assim a associação de sintomas em ombro direito provenientes de uma hiper excitação visceral hepática (órgão localizado no hemilado direito corporal), assim como o coração associa-se ao ombro esquerdo.

Diante das relações anatômicas apresentadas, fica evidente o teor de importância que esse segmento tem na nossa abordagem, uma vez que normalmente apresenta repercussão disfuncional proveniente de outro segmento, sendo muito comum observarmos na avaliação clínica alterações de cervical e de cintura escapular simultaneamente. Os desvios posturais também interferem diretamente no posicionamento da cintura escapular projetando-a para cima, baixo, frente ou para trás e assim instalando um quadro disfuncional no segmento.

Muito susceptível a disfunções, a gama de lesões ortopédicas nestas articulações é deveras extensa, onde notoriamente podem ser listadas e diferenciadas pelos sintomas de dor e bloqueios articulares, principalmente. A manutenção da integridade deste aparato é de suma importância, uma vez que seu prejuízo pode interferir nos segmentos aos quais se relaciona. Portanto, quaisquer tipos de sintomas ou queixas devem ser avaliados e, de imediato corrigidos, visando o perfeito equilíbrio do corpo.

O tratamento osteopático da cintura escapular é bastante abrangente, uma vez que a abordagem do corpo todo se faz necessária muitas vezes, fica clara a importância e relevância que a integridade deste segmento na saúde e bem estar. O tratamento vai se utilizar de técnicas especificas que vão preconizar o reequilíbrio (estrutural, funcional, linfático,…) e a harmonia da cintura escapular com o restante dos segmentos. Portanto, a harmonia do corpo como um todo será priorizada, visando livrar a região do estresse.

Existem 2 movimentos básicos que o paciente normalmente apresenta queixas no caso de se fazer presente uma disfunção. O primeiro é o movimento PALMA DA MÃO -> CABEÇA, e o outro é DORSO DA MÃO -> LOMBAR (SEM ENCOSTAR).

Em casos de dificuldade na realização destes 2 movimentos seja por dor ou por limitação, o fisioterapeuta já possui importantes achados para iniciar o tratamento, a a Osteopatia é uma excelente técnica manipulativa para avaliação e tratamento destas disfunções. Qualquer sintoma de bloqueio articular ou dor local merece ter a devida atenção.

Fonte: Francello Silva (C.O. em OSTEOPATIA (Escuela de Osteopatia de Madrid))




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