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sábado 23 novembro 2024
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Policiais podem cometer erros ou abusos como qualquer outro profissional, diz Moro

Ministro disse que, se identificados, agentes devem ser punidos

Ministro falou durante a Marcha a Brasília e Defesa dos Municípios

Foto: Eric Raupp / Especial / CP

Ministro falou durante a Marcha a Brasília e Defesa dos Municípios 

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, minimizou os casos de violência policial ao defender nesta terça-feira que os agentes de segurança estão sujeitos a errar. “Precisamos investir nas nossas polícias, porque o que conta é o homem da ponta, o policial que se arrisca. Precisamos valorizá-lo. Não que ele não possa cometer erros ou abusos como qualquer outro profissional, como existem juízes e políticos que os comentem”, afirmou, sem citar nenhuma situação em específico. “Se forem verificados, têm que ser punidos”, completou o juiz que comandou a operação Lava Jato.

Moro disse que, desde que assumiu sua nova função, deixou claro ao presidente Jair Bolsonaro que pretendia melhorar a efetividade do sistema de Justiça em relação ao crime organizado. “Temos organizações criminosas no Brasil, e sabemos o nome de várias delas, que vão ficando cada vez mais poderosas e colocam a nossa segurança e a nossa liberdade em risco”, disse, citando os “episódio lamentáveis no Ceará” ocorridos em janeiro. “Foram atos de terrorismo, inclusive tentaram explodir pontes e viadutos. Ultrapassaram os limites extremamente preocupantes”.

“Precisamos enfrentar a criminalidade violenta, e isso diz muito respeito à questão dos municípios. Do maior ao menor, a violência se disseminou, embora não se possa afirmar que está em todo e qualquer lugar. Os índices do Brasil são vergonhosos. Em 2016, mais de 60 mil homicídios no ano. São números dignos de uma guerra civil”, discursou durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Para isso, ele considerou é necessário fazer tirar o crimonoso das ruas, ter bons meios de investigação e investir em meios tecnológicos.

O ministro também argumentou que é necessária a união de distintas frentes de política para atacar de forma efetiva o problema da segurança. “Temos que pensar em politicas para tratar do problema da criminalidade. Tem uma velha frase conhecida que o melhor policia é um poste de luz. De fato, muitas vezes, a recolocação da iluminação pública em determinados setores faz uma grande diferença, às vezes com um potencial até maior que um investimento mais restrito em recursos humanos”, falou.

Assim, defendeu a conjugação de políticas públicas com urbanísticas e sociais, entendendo que é preciso neutralizar o criminoso com o devido processo, com prisão, alinhado ao “policiamento ostensivo para prevenção”, como observou. “Esse foi o grande erro do passado.”

Correio do Povo




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