Uma das diligências pendentes é o depoimento do presidente
A Polícia Federal (PF) pediu, nesta quarta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 30 dias do inquérito que investiga possível interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na instituição.
O inquérito começou em abril, após as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Até o momento, depoimentos foram tomados e se tornou público, por determinação do ministro Celso de Mello, o vídeo de uma reunião ministerial do dia 22 de abril, em que o ex-juiz da Lava Jato disse ter sido ameaçado por Bolsonaro de demissão diante da pressão por troca na PF. O presidente nega as acusações e alega que se referia à segurança pessoal dele e da família.
A reportagem do R7 ainda busca contato com a Presidência da República. O espaço está aberto para manifestação.
Relembre
O inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na PF já foi prorrogado duas vezes. Em 1º de julho, o ministro Celso de Mello autorizou a prorrogação da investigação. No dia 8 do mês anterior, o decano também ampliou o prazo das apurações.
Uma das diligências que a PF pretende realizar é o depoimento de Bolsonaro. O procurador-geral da República, Augusto Aras, havia dado aval para o presidente prestar as declarações que considerar cabíveis sobre a investigação.