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sexta-feira 22 novembro 2024
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O relato de um policial cearense em viagem aos EUA


“Peço que, ao menos os policiais, leiam na íntegra.

Todos aqueles que são policiais, ou parentes de policiais, ou que têm uma capacidade mínima de perceber a real situação dos outros sabem a difícil realidade de DESRESPEITO que nós, guerreiros anônimos, enfrentamos todos os dias…

Os policiais civis têm, garantido por lei, o livre acesso a casas de espetáculo e diversão sujeitas à fiscalização pública.

Tal fato não ocorre por se tratar de uma categoria privilegiada mas, sim, porque nós estamos 24h obrigados por lei (vide nosso estatuto) a agir quando necessário e, também, porque estamos investigando a todo instante… Quantos e quantos bons serviços já levantamos em nossa folga?

Enfim… SEMPRE encontramos dificuldade em exercer esse nosso DIREITO e tal fato ocorre, tão somente, por não temos NENHUM apoio…

Críticas de lado, eu estou em New York City, NÃO ESTOU DE SERVIÇO e MUITO MENOS NO BRASIL.

Fui ao Rockfeller Center com fito de revisitar o ” Top of the Rock”, um observatório no topo do prédio onde é possível ver toda a cidade.

Eu estava tranquilamente esperando para comprar meu ingresso para o dia seguinte (pois já estava esgotado para o dia 30) e, quando cheguei no caixa, saquei minha carteira, que também é meu “porta funcional” para pegar o dinheiro.

Assim que o funcionário da bilheteria viu o brasão da POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO CEARÁ, seguiu-se este diálogo:

Ele: O senhor é policial?
Eu: Sim, mas não aqui. Sou policial no Brasil.
Ele: Não importa. Quem ARRISCA A VIDA pelos outros é um HERÓI não importa onde esteja. Nós não aceitamos dinheiro de policiais. Eu vou te dar um ingresso de CONVIDADO.
Eu: MUITO obrigado.
Ele: Não. MUITO OBRIGADO.

Cara, é ridículo! Eu me emocionei… Ter de sair do seu país para que alguém lhe dê RECONHECIMENTO é lamentável.

Fica o desabafo…



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