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quarta-feira 1 maio 2024
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“Não respeito delator”, diz Dilma ao defender doação

Ex-presidente da UTC disse que repassou R$ 3,6 milhões de caixa 2 para campanha

Dilma ressaltou que a empresa também fez doações a seu adversário no segundo turno | Foto: Kena Betancur / AFP / CP

Dilma ressaltou que a empresa também fez doações a seu adversário no segundo turno | Foto: Kena Betancur / AFP / CP
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, que a contribuição de R$ 7,5 milhões da empreiteira UTC para sua campanha foi registrada e realizada de maneira legal. “Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora”, afirmou a presidente em Nova Iorque, em suas primeiras declarações públicas desde adivulgação da delação premiada do ex-presidente da empresa, Ricardo Pessoa, que detalhou, em depoimento o repasse R$ 3,6 milhões de caixa 2 para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi Jr, e o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014. Ele entregou aos investigadores uma planilha intitulada “pagamentos ao PT por caixa 2” que relaciona os ex-tesoureiros a valores.

Dilma ressaltou que a empresa também fez doações a seu adversário no segundo turno da eleição presidencial, Aécio Neves, em valores semelhantes aos recebidos por sua campanha. “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos.” O terceiro motivo apresentado pela presidente para refutar as acusações foi o fato de ser mineira e ter crescido com lições sobre a Inconfidência Mineira. “E há um personagem que a gente não gosta, porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. E ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator. Eu não respeito delator”, observou, mencionando o homem que traiu os inconfidentes.
Apesar de criticar delatores, a presidente afirmou que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal devem investigar as acusações. “Tudo, sem exceção”, ressaltou.
A presidente disse que tomará medidas contra Ricardo Pessoa caso ele faça acusações contra ela. Quanto aos ministros mencionados na delação, Dilma afirmou que cabe a eles decidir o que fazer. Pessoa fez referência ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao secretário de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi Tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição.

Fonte Correio do Povo



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