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terça-feira 7 maio 2024
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Mourão: governo não vai ‘escamotear’ dados de desmatamento

Vice-presidente participou de audiência no Senado, nesta terça, e falou sobre ações para reduzir as perdas da floresta

Foto: Alan Santos/PR
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta terça-feira, que dados sobre desmatamento na Amazônia serão mostrados, mesmo que sejam “ruins”. “Dados não serão escamoteados”, afirmou em audiência no Senado, na qual respondeu perguntas de parlamentares por videoconferência.

O vice-presidente comanda o Conselho da Amazônia e lidera as discussões para tentar conter o desmatamento na área. Ele vem se encontrando com empresários preocupados com a imagem do Brasil e das empresas nacionais no exterior em razão do aumento da área desmatada.

No Senado, Mourão recebeu diversos questionamentos de senadores sobre a decisão do governo de retirar a responsável pelo monitoramento da devastação da Amazônia, Lubia Vinhas, do cargo no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A exoneração aparece no Diário Oficial nesta terça.

Mourão quer pessoal administrativo atuando contra desmatamento

O vice-presidente respondeu ter recebido a informação do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de que houve um rearranjo dentro do Inpe, e que Lubia vai ocupar um cargo de mesma ou maior responsabilidade.

Mourão já reconheceu que o desmatamento se deu além do aceitável. Segundo o Inpe, os índices cresceram na região pelo 14º mês seguido em junho.

O vice-presidente também já afirmou que o governo iniciou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem de forma tardia, em maio. O ideal, segundo o vice-presidente, era ter começado esse trabalho em dezembro. O combate vai ser realizado até 2022.

No Senado, o presidente do Conselho da Amazônia afirmou que espera a liberação do Fundo Amazônia, formado por verbas dos governos da Alemanha e Noruega, e que os países congelaram no ano passado após o aumento do desmatamento no Brasil. Segundo Mourão, há cerca de R$ 2,8 bilhões a serem utilizados pelo governo brasileiro. Há ainda negociações com governos de outros países para ajuda no financiamento do combate ao desmatamento.

“Vai ser preciso reverter a curva do desmatamento para a liberação dos recursos”, admite. “Estamos explorando alternativas para o financiamento internacional de projetos na Amazônia”, acrescentou, dizendo que conversa com autoridades dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

R7/ Ricardo Pont



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