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sexta-feira 22 novembro 2024
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Moro diz que Battisti ganhou asilo por “motivações político-partidárias”

Italiano, que tinha asilo no Brasil desde 2010, é considerado foragido

Battisti foi condenado a pisão perpétua na Itália | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

Battisti foi condenado a pisão perpétua na Itália | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta segunda-feira que não cabe ao Brasil interferir na condenação de Cesare Battisti e que o asilo concedido ao italiano anos atrás teve motivações “político-partidárias”. “A Itália é um país que tem o Judiciário forte, independente e não cabe ao Brasil ficar avaliando o mérito ou não da condenação”, disse Moro a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

“Na minha avaliação, o asilo que foi concedido a ele (Battisti) anos atrás foi um asilo com motivações político-partidárias e em boa hora isso foi revisto.” O italiano foi condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 1970. Na última quinta-feira, o ministro do Supremo Luiz Fux revogou uma liminar que concedia habeas corpus a Battisti, determinou sua prisão cautelar e abriu caminho para sua extradição.

Battisti ainda não foi encontrado pela Polícia Federal. Ele é oficialmente considerado foragido. Neste domingo a PF divulgou 20 imagens de Battisti com disfarces que ele pode estar usando para driblar os investigadores que o procuram.

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Moro disse que os países têm que cooperar contra a criminalidade e que a cooperação jurídica internacional não pode ser movida por critérios políticos partidários. “Ele (Battisti) retornando à Itália, esperando que ele seja encontrado, cabe a ele levar as reclamações quanto eventual injustiça da condenação para os órgãos de justiça italianos que têm plenas condições de decidir qualquer problema que tenha havido eventualmente na condenação”, declarou o ex-juiz da Lava Jato. Moro destacou ainda que considera as Cortes de justiças italianas “notórias pela sua independência”.

Correio do Povo




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