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segunda-feira 6 maio 2024
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Marco Aurélio libera julgamento sobre decisão que declarou Sérgio Moro parcial

Corte já formou maioria pela parcialidade do ex-juiz

Foto: Marcello Casal / ABr / Divulgação / CP

Agora, cabe ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, agendar uma data para a retomada do julgamento

Corte já formou maioria pela parcialidade do ex-juiz 

O ministro Marco Aurélio Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a retomada do julgamento sobre a decisão da Segunda Turma que declarou o ex-juiz Sérgio Moro parcial no caso do triplex do Guarujá. O pedido de vista (mais tempo de análise) suspendeu a análise do recurso na última quinta, após a maioria da Corte formar maioria para validar a suspeição do ex-magistrado da Lava Jato.

Agora, cabe ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, agendar uma data para a retomada do julgamento. Fux e o decano ainda votam no caso.

Último ponto a ser discutido pelo plenário do STF, a suspeição de Moro é uma questão estratégica para o futuro da Lava Jato e o desdobramento das ações de Lula.
Com o entendimento de manter de pé a decisão da Segunda Turma que declarou Moro parcial, o reaproveitamento do trabalho feito em Curitiba não será possível na ação do triplex do Guarujá, por exemplo, já que a parcialidade do ex-juiz teria contaminado todo o processo. O caso, então, vai ter de voltar à estaca zero.

Na ação do triplex, Lula foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão, acabou enquadrado pela Lei da Ficha Limpa, foi afastado da corrida ao Palácio do Planalto em 2018 e permaneceu preso por 580 dias. Quanto a Moro, o ex-juiz já foi declarado parcial na ação do triplex. A defesa do petista pretende estender a parcialidade de Moro para as ações do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

Na sessão do último dia 22, a maioria dos ministros seguiu a divergência aberta pelo ministro Gilmar Mendes. Crítico da Lava Jato, o ministro votou a favor de manter a decisão da Segunda Turma contra Moro, apontando que não caberia ao plenário modificar o julgamento do colegiado.

Os ministros Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber acompanharam o entendimento de Gilmar, votando a favor da manutenção do julgamento da Segunda Turma. O relator da Lava Jato no Supremo ministro Edson Fachin, e Luís Roberto Barroso ficaram na ala derrotada.




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