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segunda-feira 29 abril 2024
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Ex-ministros do Meio Ambiente se unem para pressionar Poderes

Em reunião, os antigos chefes da pasta pediram ao presidente da Câmara a suspensão de todos os projetos antiambientais em tramitação na Casa

Nove ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil assinaram um documento junto com instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e levaram ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), propondo um conjunto de medidas para recuperar a governança ambiental da Amazônia. Sete dos nove ministros estiveram na reunião. Segundo o ex-ministro Rubens Ricupero, a união de nove ex-ministros por uma causa é fato inédito no País.

“Pela primeira vez na história do Brasil se reuniram pra uma ação comum. Estamos nos defrontando com uma crise sem precedentes”, disse.

Na reunião, eles fizeram dois pedidos a Maia: uma moratória, ou seja, uma suspensão da tramitação de todos os projetos considerados antiambientais na Casa e a formação de uma comissão para realizar audiências públicas e elaborar um plano estruturante de proteção à Amazônia, como explicou a ex-ministra Marina Silva.

“Pedimos que Rodrigo Maia faça uma moratória, uma suspensão de todos os projetos antiambientais em tramitação na Casa. Pedimos também que a Câmara crie uma comissão especial para recuperar governança ambiental do país. Queremos restabelecer políticas ambientais. A Câmara precisa dar um sinal aos contraventores, que eles serão punidos, e um sinal em defesa dos povos indígenas. [O objetivo é] a Câmara levar uma proposta ao presidente Bolsonaro”, afirmou.

O ex-ministro Carlos Minc disse que o grupo vai levar o manifesto também para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e para o presidente do STF, Dias Toffoli. Ele concluiu que na reunião de hoje, Maia prometeu não colocar projetos anti-ambientais em pauta.

“O parlamento precisa mostrar que valoriza a ciência. Estigmatizar ONGs é muito grave. Maia disse que vai reunir uma comissão. E já garantiu que não vai colocar em pauta, por exemplo, o projeto das propriedades indígenas e o projeto que afrouxa licenciamento ambiental”, disse Minc.




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