Tucano classificou as candidaturas de Bolsonaro e Haddad como “polos da radicalização atual”
FHC defende união contra extremos | Foto: Reprodução / Facebook / CP
Em carta divulgada nas redes sociais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu uma união de candidatos à Presidência contra aqueles que apostam em “soluções extremas”. Para o tucano, a convergência deveria se dar em torno de quem apresentar mais chance de ganhar a eleição. Após publicar o documento, FHC apontou para o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). “Enviei carta aos eleitores pedindo sensatez e aliança dos candidatos não radicais. Quem veste o figurino é o Alckmin, só que não se convida para um encontro dizendo ‘só com este eu falo'”, escreveu FHC em sua conta no Twitter.
O tucano afirmou que ainda há tempo para deter a “a marcha da insensatez”. “Qualquer dos polos da radicalização atual que seja vencedor terá enormes dificuldades para obter a coesão nacional suficiente e necessária para adoção das medidas que levem à superação da crise. As promessas que têm sido feitas são irrealizáveis.”
Defendendo uma convergência de candidatos contra extremos, e sem citar o nome de Alckmin, FHC pregou a escolha de uma liderança “serena” e honesta que tenha experiência e capacidade para pacificar e governar o País. “Sem que os candidatos que não apostam em soluções extremas se reúnam e decidam apoiar quem melhores condições de êxito eleitoral tiver, a crise tenderá certamente a se agravar.”
Para o ex-presidente, os candidatos devem se comprometer com uma reforma da Previdência que elimine privilégios e assegure o ajuste fiscal estabelecendo uma idade mínima para aposentadoria. O tucano disse que, se não houver uma reversão do quadro fiscal, o Brasil mergulhará em uma crise econômica ainda pior.
“Ou os homens públicos em geral e os candidatos em particular dizem a verdade e mostram a insensatez das promessas enganadoras ou, ganhe quem ganhar, o pião continuará a girar sem sair do lugar, sobre um terreno que está afundando”, afirmou o ex-presidente, ao defender a proposta. Aos 87 anos, FHC disse que, durante sua vida, esta eleição é um dos “poucos momentos” tão decisivos para o Brasil.