Desembargador André Villarinho diz que sugestão de prorrogação para 2022, com as eleições gerais, seria prejudicial à democracia
Para o desembargador, a sugestão levantada por alguns políticos e partidos de adiar o pleito para 2022 e unificá-lo às eleições gerais seria prejudicial à democracia. A manifestação foi feita em função dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus no país, que, pelas medidas de isolamento, têm comprometido alguns serviços, entre eles o da Justiça Eleitoral. Apontou que até o mês de junho, dependendo das condições, deverá haver uma definição sobre a efetiva condição de realizar a eleição. A partir de junho começam a ser aproximar alguns prazos importantes dentro do calendário eleitoral, como a realização das convenções partidárias e a escolha dos candidatos.
Villarinho antecipou que esse adiamento de alguns dias pode ocorrer de duas formas. Uma delas é através de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em que o Congresso define as novas datas a partir de proposições, entre outras, do TSE. A segunda alternativa ainda está em estudo, mas existe a possibilidade de que o TSE possa fazer alterações, mesmo sem o aval do Congresso, em função do decreto de calamidade pública. Independente disso, o desembargador ressaltou que a situação tem sido monitora constantemente. Além disso, pontuou o perfil específico deste pleito. “As eleições municipais têm uma característica muito específica. O eleitor conhece e convive com os candidatos. Gera um outro tipo de panorama psicológico, diferente da eleição geral. A eleição municipal é mais emoção”, comentou.
Além da escolha do novo presidente, a sessão também marcou a escolha do vice-presidente e corregedor, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa. O resultado veio por aclamação. A cerimônia de posse está prevista para o dia 22 de maio. O mandato vale para o biênio 2020/2021.
Mauren Xavier/Correio do Povo