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segunda-feira 29 abril 2024
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Cunha ameaça Calheiros caso Senado “engavete” terceirização

      Presidente da Câmara afirma que Casa também pode “segurar” projetos no Congresso

Presidente da Câmara afirma que Casa também pode Presidente da Câmara afirma que Casa também pode “segurar” projetos no Congresso | Foto: Fábio Pozzebom/ABr/CP

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), insinuou, no início da noite desta quinta-feira,  que poderá retaliar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em votações de matéria de interesse dos senadores. Mais cedo, a Agência Estado, revelou que Renan tem discutido com interlocutores próximos a possibilidade de “engavetar” o projeto que regulamenta a terceirização no País.

Renan tem dito que não concorda com o texto aprovado na quarta-feira pelos deputados em plenário e, diante da ameaça de Cunha de restabelecer o que passou na Câmara, deve segurar a votação da proposta pela Casa ao menos durante a sua gestão, que se encerra em janeiro de 2017. Como o projeto original, apresentado em 2004, é de autoria de um deputado federal, a Câmara tem a prerrogativa regimental de dar a palavra final sobre o teor da proposta. Isso significa que, mesmo se os senadores aprovarem mudanças ao texto, os deputados podem retornar ao teor que foi aprovado pela Câmara e enviar para a sanção presidencial.
presidente do Senado defendeu que a regulamentação da terceirização não pode atingir a atividade fim das empresas, conforme aprovado pela Câmara. Segundo ele, essa medida precariza e desqualifica a relação de
trabalho. Cunha não cede neste ponto, mas busca regulamentações para aterceirização em estatais.
“Se o Senado pode segurar (projetos), a Câmara pode segurar também”, ameaçou Eduardo Cunha. Perguntado sobre se isso significa chumbo trocado, respondeu: “Não sei ainda, isso dependerá do conjunto, não só de mim, mas óbvio que a Câmara tem o que segurar.” Renan Calheiros não quis fazer uma tréplica à fala do colega da Câmara. “Eu não vou discutir isso”, frisou. “Essa polêmica não faz bem não”, completou. 
Renan reafirmou que a proposta tramitará em “tempo normal” na Casa e passará por comissões e ainda será realizada uma sessão temática para discutir o projeto. “Não vamos votar com sofreguidão porque isso é ruim”, disse.
Fonte Correio do Povo.




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