No mesmo período, dados da Secretaria Estadual de Saúde confirmaram 19 óbitos
Desde o dia 29 de março, praticamente a cada dia há pelo menos uma nova morte cujo atestado de óbito possui a indicação de suspeita do novo coronavírus no Rio Grande do Sul. Neste período, apenas em dois dias, em 1º e 9 de abril, não houve registro diário semelhante.
Os atestados são assinados pelos médicos e encaminhados aos cartórios que posteriormente os enviam para a Central de Informações do Registro Civil.
Os prazos legais, contudo, variam de 24 horas até 15 dias, o que indica que pode haver um atraso nas informações divulgadas pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil), entidade que tem reunido dados sobre as mortes suspeitas em todo o país a partir das informações dos cartórios.
Na última segunda-feira, data em que o governo do Estado não reportou nenhuma nova morte, os dados dos cartórios apontaram quatro novos óbitos registrados com a indicação de suspeita para a Covid-19 no Rio Grande do Sul. Foi o maior registro em um mesmo dia desde o início do acompanhamento, ainda em janeiro.
Em todo o país, já são 1.993 mortes suspeitas segundo os dados dos cartórios, contra as 1.736 já confirmadas pelo Ministério da Saúde. São Paulo, com 1.107 óbitos, e Rio de Janeiro, com 413, são os estados com mais mortes registradas como causadas pela Covid-19, sejam elas já confirmadas ou ainda em investigação.
A entidade também faz um levantamento sobre as estatísticas de registros de óbitos cuja causa foi apontada pelos profissionais de saúde como insuficiência respiratória e pneumonia, doenças relacionadas ao surto de Covid-19.
No Rio Grande do Sul, estes registros aumentaram cerca de 4% entre janeiro e abril deste ano, na comparação com igual período de 2019. No ano anterior, 2.974 pessoas haviam morrido com estas enfermidades no Estado. Em 2020, estes casos aumentaram para 3.095.
Correio do Povo/Jonathas Costa