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sábado 23 novembro 2024
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Câmara dos Deputados instala CPI para apurar atuação do MST

Câmara dos Deputados instala CPI para apurar atuação do MST

Sugerida pela oposição, comissão quer investigar o real propósito do movimento e os financiadores; governo tenta mudar foco

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as ações e os possíveis financiadores do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).

O deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) teve o nome confirmado como presidente do colegiado. Já o deputado Ricardo Salles (PL-SP) vai ocupar a função de relator.

A abertura da CPI resulta do esforço da oposição e da bancada agro, uma das mais fortes do Congresso. Já o MST estima que, em 2023, cerca de 90 mil famílias acampadas em assentamentos pelo Brasil estejam mobilizadas para fazer ocupações até o fim de maio.

Só em abril deste ano, foram ao menos 11 áreas invadidas. Entre os alvos das ações dos militantes, fazendas, áreas públicas e prédios da Embrapa e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A base do governo quer, no entanto, dar outro foco para a CPI e usar o espaço para promover o movimento. A oposição chegou a solicitar uma questão de ordem para tirar Salles da relatoria, mas o presidente indeferiu, alegando serem subjetivos os argumentos do pedido.

“Não é a primeira vez que, de forma equivocada, cruel e injusta, tentam manchar a honra do movimento que tem uma história de organização da luta pela reforma agrária, direito a terras, produção de alimento”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), completando que os petistas vão usar o espaço para “mostrar a verdade, a organização, a qualidade e a história do MST e outros movimentos que podem sofrer esse tipo de perseguição”.

Os nomes escolhidos pelo PT para travar o debate com a oposição foram: Padre João (MG), Nilo Tatto (SP), Valmir Assunção (BA), Paulão dos Santos (AL), Gleisi Hoffmann (PR), João Daniel (SE), Dionilson Marcon (RS) e Camila Jara (MS). “São nomes qualificados, experientes que conhecem a realidade do país, da agricultura, da reforma agrária”, disse Dirceu.

FONTE R7



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