Presidente fez pronunciamento e disse que saída do ministro da Saúde foi “consensual”
Ao longo de sua fala, Bolsonaro reiterou algumas vezes que é necessário pensar na saúde e na economia: “O remédio para curar o paciente não pode ter efeito colateral mais danoso que a doença”, disse. “Junto com o vírus veio uma verdadeira máquina de moer empregos. As pessoas mais humildes começaram a sentir primeiro o problema.”
O presidente deu ênfase à questão econômica, mas alertou que o governo não poderá arcar com o auxílio emergencial por muito tempo. “O governo não tem como manter esse auxílio emergencial, ou outras ações, por muito tempo. Já se gastou aproximadamente R$ 600 bilhões e podemos chegar a R$ 1 trilhão. Sei, e repito, que a vida não tem preço. Mas a economia e o emprego têm que voltar”, salientou. “Não o mais rápido possível, mas precisa ser flexibilizado.”
Bolsonaro ainda criticou veladamente a governadores e prefeitos, que não o consultaram sobre isolamento. Pediu para que todos arquem com suas decisões: “Tenho certeza que sabiam o que estavam fazendo. Tinham que fazer alguma coisa, mas se por ventura exageraram, não bote mais essa conta nas costas do nosso sofrido povo brasileiro”.
Saída de Mandetta foi consensual, diz Bolsonaro
A saída de Mandetta, disse Bolsonaro, foi “consensual”, O presidente agradeceu o trabalho do agora ex-ministro à frente da pasta. Porém, deixou clara a divergência – o presidente é contrário ao isolamento social defendido por Mandetta. “Como presidente da República, eu coordeno 22 ministério. Na maioria das vezes, o problema não está em apenas um ministério. Quando se fala em saúde, não podemos deixar de falar em emprego”, comentou.