Ministro do STF ordenou operação da Polícia Federal contra empresários que conversaram sobre golpe de Estado no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter autorizado uma operação da Polícia Federal contra empresários que, em um grupo de WhatsApp, conversaram sobre um golpe de Estado no Brasil caso o atual presidente não seja reeleito neste ano.
De acordo com Bolsonaro, o ministro desrespeitou a Constituição. “Esses empresários não mereciam esse tipo de comportamento por parte de uma pessoa que deveria zelar pelo cumprimento da Constituição.
No meu entender, não falta mais nada para que realmente possamos ter um problema grave no Brasil provocado por uma pessoa”, afirmou Bolsonaro, em live nas redes sociais no início da noite. Mais cedo, ele ficou frente a frente com o ministro do Supremo durante a posse da nova gestão que comanda o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O chefe do Executivo acrescentou que “ou temos Constituição ou não temos”. “Ou se cumpre a Constituição ou não se cumpre. Nós precisamos de garantia de segurança, de paz, de tranquilidade e de pessoas que respeitem a Constituição”, destacou.
Bolsonaro cobrou de Moraes uma explicação para autorizar a operação contra os empresários. “A gente espera que o ministro apresente a fundamentação dessa operação o mais rápido possível.
Dois dos empresários conheço muito bem, trocam informações no WhatsApp comigo. E realmente eu quero entender o que está acontecendo que ninguém sabe.”
O presidente disse ainda que “a nossa liberdade é o nosso bem maior e ela deve ser preservada dia após dia”. “Ela não se perde de uma hora para a outra, ela vai se perdendo com o tempo.
E todos os empresários do Brasil com quem conversei demonstraram preocupação com o que está acontecendo. Não podemos viver nessa insegurança”, completou.