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quinta-feira 21 novembro 2024
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Bolsonaro cobra “humildade” de Mandetta, mas afirma que não deve demití-lo

Segundo o presidente, não se trata de uma ameaça, mas não há ninguém indemissível em seu GovernoEm relação aos pedidos para que deixe o cargo, Bolsonaro afirmou que, de sua parte, “a palavra renúncia não existe”

Em relação aos pedidos para que deixe o cargo, Bolsonaro afirmou que, de sua parte, “a palavra renúncia não existe” 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no meio da “guerra”, mas que nenhum ministro é “indemissível”. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, ele afirmou disse que falta “humildade” a Mandetta, que deveria ouvir mais o presidente sobre as decisões no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

“O Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo. Eu não pretendo demitir o ministro no meio da guerra. Agora, ele é uma pessoa que em algum momento extrapolou.”  Questionado pela reportagem, Mandetta respondeu: “Eu só trabalho, lavoro, lavoro”. Em seguida, desligou o telefone.

Segundo o presidente, não se trata de uma ameaça, mas não há ninguém indemissível. “Todo mundo pode ser demitido, como cinco já foram embora”, declarou. Além de desejar “boa sorte” ao ministro, ele afirmou que parte do Ministério da Saúde foi contaminada pela “histeria”.

Bolsonaro disse também que atua para equilibrar as decisões do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia e para que não há conflito entre as duas pastas. “Não tem nenhum problema com o Paulo Guedes, mas o Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando um pouco de humildade para conduzir o Brasil nesse momento difícil e que precisamos dele para vencer essa batalha com o menor número de mortos possível.”

Em relação aos pedidos para que deixe o cargo, Bolsonaro afirmou que, de sua parte, “a palavra renúncia não existe”. “Eu fico feliz por estar na frente de um problema grande como esse”, declarou o presidente, acrescentando que a o impedimento e a Lei de Responsabilidades são preocupações do governo. Na segunda-feira (30), líderes da esquerda se uniram em um manifesto para pedir a renúncia do presidente.

O presidente afirmou que se, na semana que vem, o comércio não começar a reabrir de forma gradativa, “com certeza” o governo federal vai ter que tomar a decisão. Segundo ele, já há um decreto pronto para ser assinado. “O mais prudente é abrirmos de forma paulatina o comércio na próxima segunda-feira. O Brasil não vai aguentar. Se estão pensando em sufocar a economia para desgastar o governo, a população já sabe”, disse o mandatário.

Correio do Povo




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