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domingo 19 maio 2024
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Bento Albuquerque pede para adiar depoimento sobre joias da Arábia Saudita

Bento Albuquerque pede para adiar depoimento sobre joias da Arábia Saudita

Ex-ministro de Minas e Energia integrou comitiva que recebeu presentes

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Previsto inicialmente para hoje, o depoimento à Polícia Federal do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre o caso das joias doadas ao país pela Arábia Saudita, só ocorre na terça-feira que vem. O pedido de adiamento partiu da defesa de Albuquerque, que vai depor por videoconferência. A PF abriu a investigação a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil um conjunto de colar e brincos de diamante de R$ 16,5 milhões. O presente, do governo da Arábia Saudita, ficou retido na alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A comitiva brasileira conseguiu entrar no País, contudo, com uma segunda parte das joias, hoje em posse do ex-presidente.

Os bens foram ofertados a Bolsonaro pela Arábia Saudita durante a cerimônia de lançamento da Iniciativa Oriente Médio Verde, entre 20 e 26 de outubro de 2021. O ex-presidente não participou do evento e, por isso, enviou o então ministro de Minas e Energia para o representar. A Receita Federal reteve parte das joias durante a volta dessa comitiva.

Bento Albuquerque e o assessor, Marcos André Soeiro, desembarcaram em Guarulhos com as joias em 26 de outubro de 2021. O auxiliar optou pela saída “nada a declarar” para deixar a área do aeroporto sem registrar a posse dos diamantes, o que, na prática, infringe a legislação brasileira.

Albuquerque tinha a opção de declarar os objetos e explicar que haviam sido um presente de um governo para o outro, mas o ministro não aceitou. Nesse caso, os itens tinham de ser destinados obrigatoriamente ao acervo público do governo, em vez de entregues a Bolsonaro.

No total, o governo anterior tentou oito vezes reaver o material usando os ministérios de Minas e Energia, Economia e Relações Exteriores -, além de militares. Ainda conforme o Estadão, registro do Portal da Transparência revela que a demanda partiu do próprio presidente da República.

Correio do Povo, com AE



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