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segunda-feira 20 maio 2024
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AGU avalia como enquadrar deputados do PL por fake news sobre banheiro unissex

AGU avalia como enquadrar deputados do PL por fake news sobre banheiro unissex

Nikolas Ferreira e Filipe Barros divulgaram nas redes sociais que Lula havia obrigado medida

Foto: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda medidas cabíveis contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros (PL-PR) por espalharem fake news sobre o governo. Ambos divulgaram em redes sociais que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia implementado banheiro unissex nas escolas do país.
O caso é tratado como desinformação sobre política pública e, por isso, vai ser analisado pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, órgão criado no governo Lula para monitorar esse tipo de veiculação.
Foi o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, quem acionou a Advocacia-Geral da União. Ele acusa os deputados de terem espalhado informação deliberadamente falsa.
Silvio Almeida também prometeu ‘providências’ contra o ex-deputado estadual Arthur do Val (SP) e o senador Sergio Moro (União-PR), a quem chamou de ‘propagadores de fake news’.
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nas redes sociais que “todas as medidas legais serão tomadas contra os deputados Nikolas Ferreira e Filipe Barros e outros parlamentares” que veicularam que o governo havia supostamente obrigado escolas a criarem banheiros unissex.
As publicações tiveram início depois que o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, editou uma resolução que, entre outros pontos, orienta as instituições de ensino a garantirem o uso de banheiros de acordo com o gênero que a pessoa se identifique. A resolução funciona como uma recomendação, ou seja, sem força de lei.
Em vídeo publicado nas redes sociais na sexta, Nikolas Ferreira disse que protocolou um projeto de lei para barrar a resolução. “Já não bastasse a legalização das drogas e do aborto, agora também o ministro do Lula de direitos humanos instituiu o banheiro unissex.
É isso mesmo.
Instituiu esse banheiro para todas as escolas do Brasil incluindo para menores de idade”, menciona o deputado na gravação.
“Não aceitaremos esta imposição.”
Ao tomar conhecimento que o ministro dos Direitos Humanos pediu investigação sobre fake news, Nikolas Ferreira disse que o ‘teatro agrada a bolha, mas não muda a hipocrisia atrás das cortinas’.
“Ministro Silvio Almeida, eu até poderia tentar acreditar que você luta contra fake news se também aparecesse para condenar as inúmeras propagadas pela esquerda, principalmente pelo Lula”, reagiu o deputado.

Filipe Barros também publicou um vídeo distorcendo a resolução. O deputado fala que o governo Lula ‘acaba de instituir banheiros unissex’. “É o maior estelionato eleitoral cometido até agora pelo bandido Lula”, acusa o deputado.Nikolas Ferreira responde a um processo por defender o boicote a um colégio particular de Belo Horizonte que permite o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero dos estudantes. O vídeo, intitulado ‘travesti no banheiro da escola da minha irmã’, havia sido publicado no YouTube em junho do ano passado.

O deputado expõe o nome do colégio e mostra o momento em que a aluna menor da idade é questionada pela irmã dele no banheiro feminino.

O Ministério Público de Minas Gerais pede a condenação por transfobia, a suspensão dos direitos políticos e o pagamento de uma indenização por dano moral coletivo.

FONTE R7



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