Search
quinta-feira 30 janeiro 2025
  • :
  • :

Cidade argentina instalará cerca na fronteira com Bolívia contra migração e contrabando

Cidade argentina instalará cerca na fronteira com Bolívia contra migração e contrabando
Objetivo de conter travessias ilegais de pessoas e contrabando, o que gerou “preocupação” no país vizinho
Pode ser uma imagem de mapa, andar e texto

Uma cidade do norte da Argentina lançou nesta segunda-feira, 27, uma licitação para instalar uma cerca de 200 metros em sua fronteira com a Bolívia, com o objetivo de conter travessias ilegais de pessoas e contrabando, o que gerou “preocupação” no país vizinho.

Zigaran confirmou um anúncio que tinha feito na sexta-feira em diálogo com o meio de comunicação local Nuevo Diario de Salta, e que provocou reações da diplomacia boliviana.

Em comunicado emitido no domingo, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia expressou “preocupação” pelo anúncio e frisou que os temas fronteiriços devem ser tratados por mecanismos de diálogo bilaterais, pois “qualquer medida unilateral pode afetar a boa vizinhança e a convivência pacífica entre povos irmãos”.A construção da cerca se insere no “Plano Güemes”, que o governo do presidente argentino, Javier Milei, lançou em dezembro do ano passado para “combater os crimes federais” como o tráfico de drogas na fronteira de Salta (norte), focado nas duas cidades fronteiriças mais importantes, Aguas Blancas e Orán, situadas a cerca de 1.600 quilômetros de Buenos Aires.De dois metros e meio de altura, a grade será instalada no trajeto entre o escritório de migração e o terminal de ônibus, que está em frente à praia do rio Bermejo, a fronteira natural entre Argentina e Bolívia e por onde, segundo Zigaran, pessoas atravessam de forma ilegal de e para essa cidade de cerca de três mil habitantes.

O rio Bermejo está dentro da chamada “Rota da droga”, segundo o Ministério da Segurança argentino. Mas também é usado por argentinos que compram produtos mais baratos na cidade boliviana de Bermejo, em frente à Aguas Blancas, e depois retornam à Argentina.

“Passam ares-condicionados, geladeiras de duas portas, eletrodomésticos de última geração, como 10 viagens por dia. Chegam a Orán, que fica a 50 quilômetros, e a verdade é que estão rompendo o tecido comercial de Orán e do norte argentino com esse descontrole de importação de mercadoria ilegal”, assinalou Zigarán.

Correio do Povo




error: Content is protected !!