Médicos podem ter sido executados por engano em quiosque no Rio
Uma das linhas de investigação aponta que criminosos podem ter confundido uma das vítimas com o filho de um miliciano da região
Um dos médicos tinha características físicas semelhantes às do suposto alvo dos criminosos, conforme essa linha de apuração do crime. Preso em 2020, ele deixou a cadeia no mês passado.
Novas imagens de câmeras de segurança que flagraram a ação dos criminosos, obtidas pela Record TV, mostraram que eles passaram de carro pelo local e fizeram o retorno na via antes de executar as vítimas.
Informações da perícia indicaram que 33 tiros foram disparados na cena do crime.
O delegado Henrique Damasceno, responsável também pelo inquérito da morte do menino Henry Borel, está à frente das investigações do caso. A Polícia Civil do Rio conta com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual, além de agentes da polícia de São Paulo, para esclarecer o crime.
Primeiro alvo
As equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo identificaram, ainda, que o primeiro executor a descer do carro e atirar contra o grupo de médicos atacou Diego Ralff de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP).Caso
Três médicos foram assassinados e outro ficou ferido em um ataque a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, na madrugada desta quinta.
Dois dos mortos eram de São Paulo, e o terceiro, da Bahia. As vítimas viajaram ao Rio de Janeiro para um congresso internacional de ortopedia.
Eles foram identificados como Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralff de Souza Bomfim.
O sobrevivente Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que sofreu sete disparos, teve fraturas no fêmur, no pé e na mão, além de lesões no tórax e no abdômen.
Ele está internado em estado grave, mas estável, no Hospital Lourenço Jorge, na Barra.