Defesa de Bolsonaro estuda recorrer ao STF contra decisão que o deixou inelegível até 2030
Em junho, TSE decidiu que ex-presidente não pode se candidatar a nenhum cargo por oito anos; na semana passada, rejeitou recurso
A defesa do ex-presidente alega que, se a configuração do abuso do poder político, por definição, exige que o mandatário se utilize do cargo ocupado para influenciar a legitimidade das eleições, o não envolvimento direto de órgãos como a Casa Civil, o Ministério das Relações Exteriores e a Subchefia para Assuntos Jurídicos — hoje com o nome de Secretaria Especial de Assuntos Jurídicos — evidencia “a inexistência do ilícito”
Os advogados do ex-presidente dizem ainda que “é conclusão que exige muito mais esforço intelectivo (e imaginativo) relacionar uma reunião com embaixadores à redação de uma minuta de Estado de Defesa — sobre a qual nem sequer há indício de conhecimento por parte do Embargante — do que interligar captação ilícita de recursos e caixa 2 — em essência, fenômenos que recebem o mesmo tratamento jurídico”.