AGU avalia como enquadrar deputados do PL por fake news sobre banheiro unissex
Nikolas Ferreira e Filipe Barros divulgaram nas redes sociais que Lula havia obrigado medida
“Quem usa a mentira como meio de fazer política, incentiva o ódio contra minorias e não se comporta de modo republicano tem que ser tratado com os rigores da lei. É assim que vai ser”, afirmou o ministro, em redes sociais, ao comentar o caso.
Silvio Almeida também prometeu ‘providências’ contra o ex-deputado estadual Arthur do Val (SP) e o senador Sergio Moro (União-PR), a quem chamou de ‘propagadores de fake news’.
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nas redes sociais que “todas as medidas legais serão tomadas contra os deputados Nikolas Ferreira e Filipe Barros e outros parlamentares” que veicularam que o governo havia supostamente obrigado escolas a criarem banheiros unissex.
As publicações tiveram início depois que o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, editou uma resolução que, entre outros pontos, orienta as instituições de ensino a garantirem o uso de banheiros de acordo com o gênero que a pessoa se identifique. A resolução funciona como uma recomendação, ou seja, sem força de lei.
Em vídeo publicado nas redes sociais na sexta, Nikolas Ferreira disse que protocolou um projeto de lei para barrar a resolução. “Já não bastasse a legalização das drogas e do aborto, agora também o ministro do Lula de direitos humanos instituiu o banheiro unissex.
É isso mesmo.
Ao tomar conhecimento que o ministro dos Direitos Humanos pediu investigação sobre fake news, Nikolas Ferreira disse que o ‘teatro agrada a bolha, mas não muda a hipocrisia atrás das cortinas’.
Filipe Barros também publicou um vídeo distorcendo a resolução. O deputado fala que o governo Lula ‘acaba de instituir banheiros unissex’. “É o maior estelionato eleitoral cometido até agora pelo bandido Lula”, acusa o deputado.
Nikolas Ferreira responde a um processo por defender o boicote a um colégio particular de Belo Horizonte que permite o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero dos estudantes. O vídeo, intitulado ‘travesti no banheiro da escola da minha irmã’, havia sido publicado no YouTube em junho do ano passado.
O deputado expõe o nome do colégio e mostra o momento em que a aluna menor da idade é questionada pela irmã dele no banheiro feminino.
O Ministério Público de Minas Gerais pede a condenação por transfobia, a suspensão dos direitos políticos e o pagamento de uma indenização por dano moral coletivo.












Foi o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, quem acionou a Advocacia-Geral da União. Ele acusa os deputados de terem espalhado informação deliberadamente falsa.









