Batalhão de Polícia Militar do município confirmou que o secretário era alvo de ameaças mas não quis se posicionar sobre o caso
“Acredito que pode ser crime político, sim. Nós éramos muito próximos, e, na época em que eu estava envolvido com a política, andei muitas vezes pela região com colete a prova de balas e seguranças”, declarou o ex-colega do secretário à Rádio Guaíba. “Isso era motivado pelo medo das ameaças que vinham de outro lado político”, complementou.
Ele relatou à reportagem que, na época de seu envolvimento com a política local, recebia, com regularidade, ameaças de morte através de ligações. Por vezes, segundo ele, ofensas também eram feitas pessoalmente por adversários políticos.
Ao falar sobre a sequencia dos fatos que antecederam o homicídio, o amigo da vítima relata que, ao chegar em casa após jantar com amigos, por volta das 22h, Jarbas teria sido surpreendido por um homem encapuzado no momento em que dava comida aos cães da família. Ele faleceu após ter sido alvejado com três disparos, na região do peito e na cabeça.
A Polícia Civil recolheu imagens de câmeras de segurança da residência e a investigação ficará a cargo da Polícia de Três Passos, que responde pela cidade de Bom Progresso. Até o momento desta publicação, ninguém havia sido preso.
Contatado pela reportagem, o Batalhão de Polícia Militar de Bom Progresso confirmou que o secretário era alvo de ameaças mas não quis se posicionar sobre o caso.
Já o Secretario de Habitação e Urbanismo do município, Norimar Leopoldo Schossler disse desconhecer as supostas ameaças. Segundo ele, o colega nunca comentou sobre o assunto e nem demonstrava ter receio de tornar-se alvo de atentados.