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quinta-feira 21 novembro 2024
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Prefeito de Canoas, Jairo Jorge, é afastado do cargo em operação do Ministério Público

Apartamento dele foi um dos alvos das 81 ordens judiciais cumpridas pelo MPRS ao amanhecer desta quinta-feira

Mandado também foi executado na sede da prefeitura com apoio da Brigada Militar

Mandado também foi executado na sede da prefeitura com apoio da Brigada Militar 

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), foi afastado por seis meses do cargo junto com outros cinco investigados, incluindo os secretários municipais da Saúde e de Planejamento, da operação Copa Livre, que foi deflagrada ao amanhecer desta quinta-feira pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. O apartamento dele foi um dos locais onde foram cumpridas 81 ordens judiciais, além da sede da prefeitura de Canoas.

O procurador-geral de Justiça do MPRS, Marcelo Lemos Dornelles, destacou que a comunidade canoense que “está sendo vítima novamente de problemas na área de saíde especialmente”.

“Estamos sim confirmando o afastamento do prefeito de Canoas e dos secretários de Saúde e de Planejamento, além de outras pessoas envolvidas nesta fraude.

Nossa operação é enorme. Tem um núcleo empresarial muito forte que pratica fraude em todo o Brasil nesta área. Estamos ajudando a enfrentar isto também em vários outros estados brasileiros.

Estamos interferindo agora com os afastamentos por no mínimo seis meses. Estamos colhendo informações e depois vamos encaminhar denúncia”, declaroou o procurador-geral de Justiça do MPRS, Marcelo Lemos Dornelles.

“O prefeito Jairo Jorge dará todas as explicações e prestará todas as informações, como faria se fosse solicitado pela forma não violenta. Eu vou buscar acesso às investigações e farei, no momento oportuno, a devida manifestação sobre as medidas que serão tomadas em defesa do prefeito de Canoas”, informou o advogado Jader Marques em nota oficial divulgada.

Os mandados atingiram 24 pessoas físicas e 15 empresas em endereços comerciais e residenciais, em instituições e órgãos públicos de Canoas e Porto Alegre, além de São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Barueri (SP), Santana do Parnaíba (SP), Nova Iguaçu (RJ), Niterói (RJ) e Contagem (MG). Sete dessas empresas foram proibidas de contratar com o poder público.

Com apoio das Patrulhas Especiais (Patres) do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1ºBPChq) da Brigada Militar, a ação foi conduzida pela Procuradoria da Função Penal Originária e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)-Núcleo Saúde do MPRS e investiga “uma suposta organização criminosa que estaria estruturada dentro da Prefeitura de Canoas”.

O trabalho investigativo apura prováveis fraudes em contratos, sobretudo na área da saúde.

A reportagem do Correio do Povo fez contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoas e aguarda uma manifestação oficial sobre a operação do MPRS.

Foto: MPRS / Divulgação / CP




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