Diplomacia brasileira defendeu solução pacífica e respeito à integridade territorial da Ucrânia
Durante reunião emergencial das Nações Unidas, nesta segunda-feira, a secretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, “lamentou” a decisão da Rússia de reconhecer a independência das repúblicas secessionistas ucranianas, bem como a ordem de enviar tropas russas para o leste da Ucrânia.
“As próximas horas e dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a todo custo”, afirmou Rosemary.
Os Estados Unidos se pronunciaram a seguir e adotaram um forte tom crítico à postura do presidente russo, Vladimir Putin, quanto ao envio militar para território ucraniano.
“Ele chama as tropas de mantenedores da paz. Isso é um absurdo e todos sabem disso.
A história diz que olhar para o outro lado diante de hostilidade gera um caminho ainda mais violento”, salientou a porta-voz norte-americana.
“Não precisamos adivinhar as intenções do presidente Putin”, acrescentou.
“Hoje ele fez uma série de alegações falsas sobre a Ucrânia. Como, por exemplo, de que teria armamentos de destruição em massa.
A Ucrânia é um de quatro países que entregou voluntariamente suas armas nucleares. Os EUA não vão fornecer armas do tipo e a Ucrânia não quer essas armas”, avaliou a porta-voz.
Os EUA alegaram que Putin busca territórios que recompõem a antiga União Soviética, o que incluiria, além da Ucrânia, nações como Finlândia, Bielorrusia, Moldávia, Cazaquistão, Uzbequistão, Letônia, Estônia e partes da Polônia.
“Quer um tempo antes das Nações Unidas, de quando imperadores dominavam o mundo. Não é o século 19, estamos em 2022. Acreditamos que este conselho esteja pronto para ir em frente e não de volta no tempo”, projetou a porta-voz.
A diplomacia brasileira, por sua vez, defendeu uma “solução pacífica da crise e respeito ao Acordo de Minsk”. Salientou também a carta magna da ONU que demandam soberania e integridade territorial. Além disso, alertou homens, mulheres e crianças sofrerão no caso de um confronto em larga escala.
Correio do Povo