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sexta-feira 22 novembro 2024
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Polônia aprova polêmica lei sobre meios de comunicação

Segundo a oposição do parlamento, o texto ameaça a liberdade de imprensa e pode prejudicar as relações com EUA

Manifestantes foram às ruas como demonstração em defesa da liberdade da mídia

| Foto: Janek Skarzynski / AFP / CP

Manifestantes foram às ruas como demonstração em defesa da liberdade da mídia

O Parlamento polonês aprovou nesta quarta-feira uma polêmica lei sobre meios de comunicação que, segundo a oposição, ameaça a liberdade de imprensa, e pode prejudicar as relações com os Estados Unidos.

A polêmica lei dos meios de comunicação, criticada por Washington, pode forçar o grupo americano Discovery a vender a maior parte de sua participação na rede de televisão fechada polonesa TVN, crítica ao governo liderado pelo partido Lei e Justiça (PiS). O texto foi aprovado por 228 votos a favor e 2016 contra. Também houve 10 abstenções.

A decisão do Parlamento constituiu “um ataque sem precedentes contra a liberdade de expressão e independência dos meios de comunicação”, declarou nesta quarta-feira à noite a direção da TVN em um comunicado. “O resultado do voto atenta contra o direito à propriedade, o que preocupa os investidores estrangeiros na Polônia”, completou.

A sessão parlamentar foi delicada para o governo do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, cuja coalizão de três partidos implodiu na véspera devido à destituição forçada do líder de um dos partidos minoritários.

Os ultraconservadores perderam quatro votações durante o debate, algo sem precedentes desde que assumiram o poder em 2015, mas conseguiram passar a lei sobre os meios de comunicação.

Trata-se de um texto importante para o PiS, que já controla a televisão pública TVP, que se tornou uma ferramenta de propaganda do governo, e grande parte da imprensa regional.

O governo polonês é reiteradamente acusado pela União Europeia de retirar as liberdades democráticas no país. Na terça-feira à noite, milhares de pessoas se manifestaram em diferentes lugares da Polônia contra a lei.

Correio do Povo




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