Entre as curiosidades da votação da PEC do voto impresso na Câmara, na noite desta terça-feira, está o fato de muitos deputados não terem seguido as orientações das suas bancadas. A seguir, a análise de como os deputados votaram na proposta e as orientações de seus partidos.

O PP, do atual chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Casa, Arthur Lira, liberou a bancada. Dos 40 deputados aptos a votar, 16 foram a favor, 13 contrários e 11 estiveram ausentes. Entre os que não votaram, 3 eram gaúchos. O único que progressista a votar a favor foi Jerônimo Goergen.

O Dem, que é o partido do ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, que conta com 28 deputados, orientou pela rejeição do texto. Mesmo assim, em plenário, 13 votaram a favor e oito contra, além de sete ausentes.

O PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, obteve a maior quantidade de votos favoráveis, foram 45, entre os 53 que integram a bancada. Seis foram contrários, entre eles Joice Hasselmann e Nereu Crispim, do RS.

O MDB chegou a orientar que os deputados fossem contra o texto, mas 15 dos 33 deputados foram favoráveis. Outros 10 seguiram a orientação e oito não votaram.

O PSD também orientou não, mesmo assim, 20 dos 35 deputados da bancada foram favoráveis ao texto, contra 11 contrários e quatro ausentes. O mesmo ocorreu no PSDB, que orientou não, mas 14 dos 32 deputados foram favoráveis, contra 12 contrários e seis ausentes.

O PCdoB e PSC foram os únicos partidos que obtiveram 100% de aproveitamento de suas bancadas. No caso do PCdoB, os oito deputados da bancada estiveram presentes e todos votaram contra o texto, como indicação da bancada. Já no PSC, que liberou a votação, os 11 votaram favorável ao texto.

Na oposição, PT e PSol tiveram o apoio de toda a bancada, mas tiveram deputados ausentes.

Correio do Povo