Fala acontece horas após decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello, por participação em ato
O presidente Jair Bolsonaro usou parte da live semanal na internet, nesta quinta-feira, para falar sobre punições internas das Forças Armadas.
A fala ocorre horas após o Comando do Exército anunciar que o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello não cometeu transgressão disciplinar por ter participado de ato político no Rio de Janeiro ao lado dele, no fim de semana retrasado. Bolsonaro não citou o nome do ex-ministro da Saúde ao falar sobre o assunto, nem a decisão anunciada mais cedo.
Na live, o presidente contou já ter sido punido com 15 dias de prisão e afirmou que o que se espera dos julgamentos é que “aquele que vá nos julgar, nos julgue com isenção e sem pressões de mídia ou seja lá o que for”, disse.
“Punição existe nas Forças Armadas. Ninguém interfere ali na decisão.
É do chefe imediato dele ou do comandante da unidade e a disciplina só existe porque nosso código disciplinar é bastante rígido”, disse Bolsonaro em um diálogo com o ministro da Educação, Milton Ribeiro que participou da live desta quinta-feira.
“O ônus da prova cabe a quem acusa”, disse.
Na sequência, Bolsonaro adiantou que pretende comparecer ao encontro de motociclistas na cidade de São Paulo, onde disse esperar um número maior de participantes do que o ato no Rio de Janeiro.
O presidente voltou a afirmar que o evento não é político. “Primeiro encontro de motociclistas com o presidente Jair Bolsonaro pela liberdade e apoio ao presidente Jair Bolsonaro, alguma coisa política nisso?
Tinha alguma bandeira vermelha lá?” questionou.
“Tinha alguma bandeira de partido político?
Nada, foi um encontro de motociclistas como vai acontecer agora”, declarou o presidente, que está sem partido.
Em seguida, Bolsonaro elogiou o ex-ministro Eduardo Pazuello dizendo que só saiu do Ministério da Saúde porque “chegou ao limite dele”. Bolsonaro também voltou a criticar a CPI da Covid, no Senado.
O presidente disse que o que mata “não é quem manda dinheiro para os estados, mas quem desvia. “Renan Calheiros tem um phd em desvio do seu lado, o Omar Aziz (senador, presidente da CPI)”, afirmou Bolsonaro.