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sexta-feira 22 novembro 2024
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CPI mira ex-secretário de Pazuello e pode antecipar interrogatório

Coronel do Exército, Élcio Franco era o encarregado de negociar com as fabricantes de vacinas contra a Covid-19

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom

O ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco, considerado peça-chave da gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pode ter o depoimento antecipado pelos senadores da CPI da Covid. Declarações do ex-ministro, nesta quarta-feira, fizeram crescer o interesse em torno do ex-assessor.

Ficou claro que Franco era o encarregado pelas negociações com os laboratórios fabricantes de vacinas, como Pfizer e Jansen.

As tratativas foram adiadas por vários meses por falta de acordo para o compromisso de compra dos imunizantes. No cronograma original, o depoimento dele é previsto para 3 de junho.

O ex-ministro declarou à CPI que, como titular da pasta, não fazia negociações diretas com as farmacêuticas por impedimento administrativo, entrando apenas para dar a palavra final em caso de acordo.

Élcio Franco, coronel do Exército, recuperou-se há pouco da Covid-19. “Ainda não está 100%”, disse ao R7 um interlocutor do militar.

O ex-secretário participou do mesmo treinamento a que Pazuello se submeteu para comparecer à CPI. Após contato com o coronel, que havia testado positivo, o ex-ministro avisou ao comando da comissão de inquérito da necessidade de cumprir quarentena – o que levou ao adiamento do depoimento do general por duas semanas.

Pazuello segue depondo nesta quinta

O depoimento do ex-ministro da Saúde precisou ser adiado, no fim da tarde desta quarta. Pazuello passou mal e precisou ser socorrido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico. A sessão no Senado durou mais de seis horas, marcada por suspensões e discussões acaloradas entre o ex-ministro e os parlamentares presentes.

Pazuello chegou a ser acusado de estar mentindo diversas vezes sobre ações da pasta ligadas à pandemia, sobretudo ao colapso de saúde em Manaus.

Oitava testemunha a falar à Comissão, ele retoma o depoimento a partir das 9h30min desta quinta, conforme anunciou o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (MDB-AM), no Twitter.

Na publicação, ele justificou a interrupção em razão dos trabalhos no plenário do Senado, que se iniciaram à tarde.

Em meio às suspensões da sessão, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou um requerimento para quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do ex-ministro.

Em justificativa às condutas que teve no período em que esteve frente à pasta, Pazuello disse que tinha total autonomia das ações durante a pandemia, alegando que o presidente Jair Bolsonaro jamais o obrigou a tomar decisões.

Na mesma linha, ele afirmou que Bolsonaro jamais o forçou a cancelar qualquer compra de vacinas do Instituto Butantan ou pediu para ele não dar andamento a essas aquisições.




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