Presidente criticou medidas de restrições adotadas pelos governadores para conter coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista nesta sexta-feira, que as Forças Armadas podem ir às ruas para, segundo ele, “acabar com essa covardia de toque de recolher”. O presidente criticou as medidas de restrição adotadas pelos governadores para conter o coronavírus e voltou a defender o uso da cloroquina, remédio ineficaz contra a Covid-19.
A entrevista de Bolsonaro foi concedida à TV A Crítica, do Amazonas, nesta sexta-feira. “Se tivermos problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. E eu tenho falado: eu sou chefe supremo das Forças Armadas”, afirmou Bolsonaro. “Se precisar, iremos para ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição e se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto”, disse.
Segundo levantamento do Estadão, seis dos 11 senadores do grupo veem falhas do Executivo no enfrentamento da doença, antecipando que este deve ser o foco dos trabalhos da comissão, prevista para começar na terça-feira.
Na entrevista, Bolsonaro afirmou ainda que o auxílio emergencial foi o que segurou “um caos” no Brasil e argumentou que não poderia manter o valor em R$ 600, que foi pago até o ano passado, por causa do endividamento público.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina, medicamento sem eficácia contra a Covid-19, e criticou a imprensa.