Presidente voltou a criticar quarentenas severas, que comparou com “estado de sítio”: “Só uma pessoa pode decretar: eu”
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira que a AGU (Advocacia-Geral da União) vai entrar com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra decreto de três Estados que determinaram toque de recolher para conter o pico da pandemia da Covid-19 no Brasil, que já mata quase três mil pessoas por dia.
“No decreto ali o cara bota ‘toque de recolher’. Isso é estágio de defesa, estado de sítio, que só uma pessoa pode decretar: eu. Mas quando eu assino o decreto de defesa, de sítio ele vai para dentro do Parlamento. Mas o decreto de um governador ou de um prefeito, não interessa quem seja, tem o poder de usurpar da Constituição”, disse o presidente, que não especificou quais foram os governadores alvos da ação.
O mandatário voltou a defender a possibilidade do que chamou de “tratamento inicial” para a doença, mas evitou dizer o nome dos remédios, como a cloroquina e a ivermectina. Ele, porém, voltou a mostrar apoio à vacinação em massa, enquanto reclamou de cobranças sobre os imunizantes. “Muita gente dizendo: quero vacina. Eu também quero. Quero que você me diga onde tem vacina pra vender”, afirmou.