Ex-presidente citou urgência da imunização e de adoção de medidas de distanciamento
“O presidente Bolsonaro está em um grande momento para modificar a postura anterior dele, com um novo ministro da Saúde, a situação de crise se agravando, a pandemia em fase um, dois, três apavorando o País todo”, afirmou o emedebista em entrevista à CNN Brasil.
Temer também defendeu que Bolsonaro faria um gesto de grande significado e daria o exemplo se, quando chegar a fase destinada a sua faixa etária, se vacinar em público para estimular a adesão da população à campanha nacional.
Apesar dos conselhos, o ex-presidente reconheceu o “momento difícil” para o governo Bolsonaro. “Alardeou-se que haveria poucos óbitos e, lamentavelmente, o número de mortes vem crescendo e se anuncia que crescerá ainda mais”, disse.
Lula
Questionado sobre como o retorno político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novamente elegível, mexe com o tabuleiro eleitoral de 2022, Temer sustentou que não se deve abandonar a ideia de uma candidatura de centro que se coloque como alternativa ao que ele chamou de “dois radicalismos”.
“Não sem razão, o ex-presidente Lula tem se manifestado com gestos que visam a aproximação do que se costuma chamar de centro. Mas não é improvável a existência de uma terceira candidatura”, relatou Temer.
O emedebista também comentou a expectativa pela filiação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) a seu partido. “O Rodrigo vai colaborar muito com o MDB com a experiência ao longo do tempo e de presidente da Câmara”, disse.
O sucessor de Dilma Rousseff (PT) após o impeachment da petista em 2016 informou, ainda, que o MDB só vai tomar posição sobre a eleição presidencial no ano que vem. “É muito apressado dizer se o MDB vai para um lado ou outro. Temos que tratar de 2021, de a combater pandemia”, disse.