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sábado 23 novembro 2024
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Governo vai comprar vacina que for aprovada pela Anvisa, declara Bolsonaro

Presidente garantiu a compra do imunizante no enfrentamento ao novo coronavírus, mas reafirmou ser contra a vacinação obrigatória

Foto: TV Brasil / Reprodução / CP

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, nesta quarta-feira, em transmissão pelas redes sociais, que é contrário à vacinação obrigatória contra Covid-19, mas destacou que se o imunizante no enfrentamento ao novo coronavírus receber o aval tanto do Ministério da Saúde quanto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vai ser comprado e ofertado pelo governo federal.

“Não pode ser obrigado. Quem não quer tomar a vacina, caso ela chegue, seja aprovada pela saúde e certificada pela Anvisa. O governo federal, a princípio, nós vamos comprar. Se não tiver nenhum impedimento, nós vamos comprar a vacina. Disponibilizaremos, claro, mas jamais da nossa parte ela será obrigatória. Não tem cabimento”, disse.

Bolsonaro deu a declaração no mesmo dia em que a Anvisa autorizou a retomada dos testes com a CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac que é testada no país pelo Instituto Butantan, de São Paulo, após uma interrupção determinada na segunda-feira.

Na véspera, Bolsonaro chegou a comemorar nas redes sociais a suspensão pela Anvisa dos testes com a CoronaVac, após relato de um evento adverso grave, dizendo que mais uma vez havia “ganhado” do governador de São Paulo, João Doria, de quem é adversário político.

Posteriormente, o Butantan informou que o voluntário cometeu suicídio. Após receber oficialmente essa informação, o órgão regulador autorizou o prosseguimento dos testes.

Bolsonaro barrou, no mês passado, a compra pelo Ministério da Saúde da vacina que vem sendo testada pelo Butantan, contestando a eficácia e a procedência da dose, em meio a uma disputa com Doria.

Na transmissão desta quarta, o presidente comparou a aplicação obrigatória da vacina contra a Covid-19 ao uso da cloroquina, dizendo nunca ter forçado ninguém a tomar o medicamento – sem eficácia comprovada para o tratamento da enfermidade.

Bolsonaro, que na véspera disse que o Brasil precisa deixar de ser um país de “maricas”, em uma referência pejorativa ao receio com a Covid-19, comemorou nesta quarta a recente melhoria nos dados da pandemia no país.

“Pelo que tudo indica, acho que ontem morreram menos de 300 pessoas, a gente lamenta, mas o número de mortos tem caído vertiginosamente no Brasil. Espero que continue assim, que estamos atingindo a tal imunidade de rebanho”, disse. Nos últimos dias, uma instabilidade no sistema do Ministério da Saúde impediu a notificação de óbitos e casos de estados como São Paulo, Minas Gerais e Amazonas. Hoje, o Ministério da Saúde confirmou mais 544 mortes.

Novamente, o presidente disse que lamenta as mortes e criticou quem o acusa de ser insensível. Bolsonaro defendeu se enfrentar a questão e citou que todo mundo vai morrer um dia.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

R7, com Reuters e Rádio Guaíba



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