Em nota, Brasil defende que “é capaz de aumentar produção agrícola ao passo em que diminui o desmatamento”
O Ministério das Relações Exteriores em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu uma nota, nesta terça-feira, sobre o relatório do governo francês que manteve a rejeição do país ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul devido a questões ambientais.
O documento traz que o acordo entre os dois blocos econômicos “não representa qualquer ameaça ao meio ambiente, à saúde humana e aos direitos sociais”. “Ao contrário, reforça compromissos multilaterais e agrega as melhores práticas na matéria”.
Para reforçar a tese de que progresso e responsabilidade social caminham juntos no Brasil, a nota traz um levantamento referente a produção de alimentos e diminuição nos níveis de desmatamento. “De 2004 a 2012, o desmatamento da região chamada de Amazônia Legal caiu 83%, enquanto que a produção agrícola subiu 61%”, diz.
“Esses dados inserem-se em tendência histórica de intensificação da agropecuária brasileira e dos decorrentes ganhos de produtividade, em sintonia com a preservação ambiental”, emenda.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, o governo da França anunciou que manteria a rejeição ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) devido a questões ambientais.
A posição do governo de Emmanuel Macron foi levada a público após a apresentação do relatório de um grupo de especialistas, encomendado há um ano, para rever os termos do pacto em função de incertezas do gabinete do premiê e do presidente sobre o tema.