Mesmo com mudanças, governo não conseguiu apoio necessário para aprovação em plenário
A desistência do governo gaúcho em relação à Reforma Tributária, e a tentativa de votação de apenas algumas medidas, sendo a mais relevante e polêmica, a manutenção da majoração, em 30%, das alíquotas de ICMS da energia, telecomunicações e combustíveis, não facilitou o ambiente político na Assembleia.
O Executivo foi forçado a recuar dos planos de reforma diante da derrota iminente, mas segue com o desafio de tentar viabilizar o patamar de arrecadação, que em dezembro sofrerá queda de cerca de R$ 2,8 bilhões por ano com a queda nos índices de ICMS dos chamados blue chips, responsáveis pela maior parte da arrecadação.
Segundo emedebistas, não há condições de deliberar sobre “um projeto desta envergadura” na sessão plenária de quarta-feira, como pretendia o Piratini. O PP foi na mesma linha. O PSB segue contra e insiste na retirada. Mais uma vez, para tentar buscar apoio o governo cedeu. A tendência é a de que a votação ocorra apenas na próxima semana, no dia 29, em sessão extraordinária. A decisão será tomada nesta terça-feira na reunião de líderes.
Por
Taline Oppitz