Acenando e sem máscara de proteção, presidente deu seis voltas em frente à grade onde os apoiadores estavam
O chefe do Executivo optou por ir voando da residência oficial até o Palácio do Planalto, um trajeto que de carro dura cerca de cinco minutos. Antes de pousar em uma aérea próxima à vice-presidência, o presidente sobrevoou três vezes a área onde os manifestantes estavam. Imagens aéreas publicadas nas redes sociais do próprio presidente mostram um público reduzido.
Acompanhado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), Bolsonaro foi andando até a grade que cercava os manifestantes. O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e os deputados Carlos Jordy (PSL-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) também acompanharam a aparição no ato.
Acenando e sem máscara de proteção, que agora é de uso obrigatório em Brasília, Bolsonaro deu seis voltas em frente a grade onde os apoiadores estavam. Cercado por seguranças, parou para cumprimentar as pessoas e tirar fotos. Chegou ainda a pegar uma criança no colo.
Os apoiadores seguravam cartazes com frases como “Supremo é o Povo” e “o Poder emana do povo” e “o povo é Bolsonaro”. De forma isolada, alguns manifestantes exibiram cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e a imprensa. “Abaixo a ditadura do STF”, dizia um dos cartazes. Em outro, frase classificava a imprensa como “inimiga”. A presença de frases de tom antidemocrático contraria orientação da semana passada, em que em outro ato Bolsonaro fez chegar a lideranças do protesto pedido para não exibir faixas contra o STF e o Congresso.
Manifestantes puxaram coros de apoio e foram acompanhados por Bolsonaro quando cantaram “Eu sou brasileiro com muito orgulho”. Uma caixa de som segurada por um apoiador reproduziu o hino nacional e também trechos da fala de Bolsonaro na reunião ministerial de 22 de abril.