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sábado 23 novembro 2024
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Bolsa retoma negociações e fecha em queda de 7,64% após 2º circuit breaker da semana

Dólar reagiu aos temor sobre os efeitos do coronavírus e fechou em alta valendo R$ 4,72Dólar reagiu aos temor sobre os efeitos do coronavírus e fechou em alta valendo R$ 4,72

Dólar reagiu aos temor sobre os efeitos do coronavírus e fechou em alta valendo R$ 4,72 

A aversão ao risco deu o tom dos negócios na tarde desta quarta-feira, com aprofundamento das perdas nas bolsas de Nova York e na brasileira. Após acionar o mecanismo de circuit breaker por 30 minutos, por volta das 15h14min, as negociações na Bolsa de Valores brasileira foram retomadas e o índice chegou a atingir queda superior a 12%. Depois de bater na mínima, aos 80.936,08 pontos, a Bolsa reduziu as perdas na última hora de negociações. O Ibovespa fechou em queda de 7,64%, aos 85.171,13.

A suspensão dos negócios durante a tarde ocorreu após queda de 10,11% do Ibovespa, quando o indicador marcava 82.887,24 pontos. As quedas foram acentuadas depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar pandemia do novo coronavírus. É a segunda vez que o mecanismo de circuit breaker é acionado na Bolsa de Valores brasileira nesta semana

O dólar renovou sucessivas máximas e bateu em R$ 4,7504, com alta de 2,01% depois da suspensão de negócios da Bolsa. A moeda americana fechou o dia com valorização de 1,62%, aos R$ 4,7226.

Na hora em que entrou no circuit breaker, Petrobras ON cedia 12,47% e Petrobras PN, 12,67%. A mineradora Vale recuava 10,29% e as principais quedas do índice estavam com Azul PN (-21,28%), Gol PN (-19,21%) e CSN ON (-17,40%). Esta é a 19ª vez que o mecanismo é acionado desde sua adoção em 1997. Na segunda-feira, o Ibovespa caiu 12,17%, a maior baixa em mais de 20 anos. Antes disso, a última ocasião em que o circuit breaker foi ativado ocorreu em 18 de maio de 2017, por causa da Delação da JBS.

OMS

O temor sobre os efeitos do coronavírus continua no centro das atenções e se agravou no início da tarde, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o Covid-19 corresponde a uma pandemia, com o seu espalhamento pelo mundo. Segundo o balanço mais recente da entidade, há atualmente mais de 118 mil casos de coronavírus confirmados, em 114 países, com 4.291 mortes. A entidade ainda advertiu que, nas próximas semanas, deve aumentar o número de casos e também as mortes causadas pela doença. “Todos os países devem rever suas estratégias contra o coronavírus agora. Orientamos as nações para que encontrem, isolem, testem e tratem todos os casos”, afirma a organização, observando que a taxa de mortalidade do vírus está se mostrando muito maior do que da de um influenza comum.

Em meio aos casos de coronavírus que aumentam no Brasil, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a mesa diretora se reunirá para decidir sobre a publicação de uma portaria restringindo o acesso à Câmara.

Petrobrás

Os papéis ON da Petrobrás entraram em leilão em queda de 14,22%, e as ações PN foram negociadas com baixa de 13,61%. Os papéis ON da Vale caíram 12,23% durante o dia. Os papéis seguiram renovando mínimas após o retorno dos negócios do Ibovespa pós-circuit breaker.

​Bear Market

O índice Dow Jones ampliou perdas e caiu a 5,452%, a 23.642,28, entrando em “bear market” (como é chamado o mecanismo que suspende os negócios). O banco Goldman Sachs divulgou que prevê mais quedas nas bolsas em Nova York e estima que o S&P 500 caia para 2.450 pontos no meio do ano, o equivalente a uma baixa de 15% em relação ao fechamento de da última terça-feira. O estrategista de ações do Goldman nos EUA, David Kostin, avalia que o período mais longo de “bull market” (alta das ações) da história da economia americana, que já dura 11 anos, deve terminar “em breve”, escreve em relatório.

Ásia 

Após uma terça-feira de recuperação na Ásia, as Bolsas do continente fecharam em queda generalizada nesta quarta, mantendo o padrão de volatilidade das últimas semanas, enquanto investidores acompanham os desdobramentos da epidemia de coronavírus e possíveis medidas de estímulos por governos e bancos centrais.

Correio do Povo




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