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domingo 24 novembro 2024
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Ernesto Araújo projeta política internacional do Brasil sem “globalismo”

Novo chanceler projetou posições de “força” nas relações exteriores e se alinhou às políticas dos EUA

Novo chanceler projetou posições de

Novo chanceler projetou posições de “força” nas relações exteriores e se alinhou às políticas dos EUA | Foto: Sérgio Lima / AFP / CP

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, ao assumir o cargo, que pretende implementar uma política comercial “adequada aos dias de hoje” e não presa ao “globalismo para agradar” outras nações. “Os acordos comerciais que o Brasil acertou no passado ou que ainda está discutindo partem de um princípio de submissão. Devemos negociar (com outros países) a partir de uma posição de força”, frisou. “O Itamaraty voltou porque o Brasil voltou.”

Na fala, Araújo fez mais um aceno à política externa americana, ao dizer que vai dar o apoio à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). O pleito é um dos principais de Donald Trump, que enviou seu secretário de Estado, Mike Pompeo, à posse de Jair Bolsonaro. No mesmo sentido, o chanceler disse que vai apoiar na ONU as agendas do Brasil e não a das ONGs.

Ao defender uma diplomacia brasileira preocupada com questões nacionais e contra o globalismo, Araújo disse que admira o “exemplo de Israel, que nunca deixou de ser nação mesmo quando não tinha solo”. Daí adiante, citou os Estados Unidos, do presidente Donald Trump, e os países latino-americanos que, segundo ele, se “livraram do Foro de São Paulo”. O novo chanceler disse também admirar a “luta do povo venezuelano contra a tirania de (Nicolás) Maduro”.

Araújo disse admirar ainda as chancelarias italiana, húngara e polonesa. Os três países têm em comum o fato de ter tido uma guinada à extrema-direita nos últimos anos. “Nós admiramos aqueles (países) que se afirmam”, comentou.

Mesmo sem citar nominalmente chanceleres anteriores a ele, Araújo disse que se arrisca a dizer que a “diplomacia brasileira estava fora de si mesma”. “O Itamaraty não pode achar que pode ser melhor que o Brasil. Estou certo de fazer o Itamaraty mais fiel a si mesmo e ao Brasil”, relatou.

Correio do Povo




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