Coordenador da campanha acredita que pesquisas não captaram movimentos recentes da candidatura
Sartori espera uma “grande virada” no segundo turno | Foto: Fabiano do Amaral
Apesar da associação do nome de José Ivo Sartori ao do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), o atual governador não demonstrou crescimento nas últimas pesquisas de intenção de votos. Para o coordenador-geral da campanha, Idenir Cecchim, no entanto, os estudos podem não ter captado os movimentos recentes que a candidatura tem percebido nas ruas devido aos apoios políticos recebidos. “A eleição vai ser muito dura. Domingo, quando as urnas forem abertas, vai ter uma grande virada”, decretou.
O deputado estadual reeleito Gabriel Souza (MDB), que tem participado diretamente da coordenação da campanha, é crítico na interpretação das pesquisas. Na visão dele, como Sartori recebeu um grande número de apoios – entre eles, Jairo Jorge (PDT), Mateus Bandeira (Novo), Onyx Lorenzoni (Dem-RS) e o próprio candidato a vice-presidente na chapa presidencial de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, além de 21 prefeitos ligados ao PDT -, não faz sentido não haver crescimento nas pesquisas. “Como é que o Sartori não vai ganhar um voto com isso?”, indagou.
Mesmo que as pesquisas não mostrem um resultado favorável a Sartori, e com a declaração de neutralidade na eleição gaúcha dada por Jair Bolsonaro na última terça-feira, a campanha emedebista não vai parar de trabalhar a associação dos nomes do capitão da reserva e do atual governador. De acordo com o coordenador de comunicação, José Antônio Vieira da Cunha, está se abrindo espaço na propaganda eleitoral para divulgar os apoios políticos recebidos, mas a utilização do termo “Sartonaro” continuará presente até o final da semana.
Ao longo da manhã de ontem, o candidato à reeleição cumpriu agenda de campanha em Canoas. Ao lado do ex-prefeito do município, Jairo Jorge, que ficou em quarto lugar na disputa pelo Piratini no primeiro turno, e de outros apoiadores e lideranças, o atual governador percorreu as ruas do bairro Mathias Velho e participou de outras mobilizações. “Promessa fácil e discurso fácil não ajudam a resolver as dificuldades do Estado. Pelo contrário, levam para outra direção. Precisamos continuar mudando o Rio Grande”, destacou Sartori, em Canoas.
Correio do Povo