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sábado 23 novembro 2024
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ONU avaliará nova resolução para investigar armas químicas na Síria

Iniciativa foi lançada por EUA, França e Reino Unido um dia depois de bombardeios e tramita a partir de segunda-feira

ONU avaliará proposta de EUA, França e Reino Unido sobre Síria | Foto: Hector Retamal / AFP / CP

ONU avaliará proposta de EUA, França e Reino Unido sobre Síria | Foto: Hector Retamal / AFP / CP

Estados Unidos, França e Reino Unido lançaram neste sábado uma nova iniciativa no Conselho de Segurança da ONU para investigar ataques com armas químicas na Síria, horas depois de executar bombardeios contra alvos militares sírios. Os três aliados fizeram circular um projeto conjunto de resolução que também pede envios de ajuda humanitária à Síria e pede que Damasco se envolva em práticas de paz sob a égide da ONU, segundo o texto obtido pela agência de notícias AFP.

As negociações sobre este texto, o primeiro ante o Conselho de Segurança que combina os aspectos químicos, humanitários e políticos do conflito de sete anos, devem começar na segunda-feira.

No tema químico, o texto “condena nos termos mais fortes todo uso de armas químicas na Síria, especialmente o ataque de 7 de abril em Duma”. Prevê também criar um “mecanismo independente” de investigação e atribuição de responsabilidades “baseado nos princípios de imparcialidade e profissionalismo”.

As acusações lançadas contra Damasco por esse suposto ataque químico em Duma serviram de justificativa para os bombardeios das forças americanas, francesas e britânicas contra os alvos sírios.

Na dimensão humanitária, os três países pedem que se instale um “cessar-fogo duradouro” e exigem um “acesso humanitário sem restrição” em toda a Síria e a possibilidade de “proceder com evacuações médicas”, se forem necessárias.

Em matéria política, o projeto “exige das autoridades sírias que se comprometam em negociações inter-sírias de boa fé, de maneira construtiva e sem pré-condições”, aplicando as últimas discussões de 3 de março em Genebra. Essas negociações, paralisadas, devem abarcar assuntos como governabilidade, aspecto constitucional, eleições, luta contra o terrorismo e medidas de confiança.

Correio do Povo




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