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quinta-feira 21 novembro 2024
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Governo da Venezuela tem prisões de dois ex-aliados em alto escalão de Maduro

Nelson Martínez foi acusado de desvios na petroleira PDVSA

Nelson Martínez foi acusado de desvios na petroleira PDVSA | Foto: Juan Barreto / AFP / CP

Nelson Martínez foi acusado de desvios na petroleira PDVSA | Foto: Juan Barreto / AFP / CP

O governo venezuelano se agitou nesta quinta-feira com a detenção do poderoso ex-ministro do Petróleo Eulogio del Pino e do titular em fim de mandato da petroleira estatal PDVS, Nelson Martínez, acusados de corrupção. Eles foram detidos por militares durante a madrugada em suas casas, quatro dias depois de o presidente Nicolás Maduro os destituir sem mencionar os motivos.

Em um vídeo que pediu para difundir caso fosse detido, Del Pino considerou as acusações como um “ataque injustificado” e afirmou que Maduro tinha lhe pedido para ignorar os rumores sobre ações judiciais contra ele. “Me disse que não caísse na guerra psicológica de quem traiu a revolução e destruiu a PDVSA”, afirmou.

O ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, informou na noite desta quinta-feira que “o governo de Nicolás Maduro apoia vigorosamente as ações do Ministério Público contra as máfias corruptas enquistadas na nossa indústria petroleira, que conduziram à detenção” de Del Pino e de Martínez. “Que fique claro que quem violar seu juramento de lealdade (…) ao governo bolivariano será perseguido e castigado pela justiça”.

Trata-se de um dos funcionários de mais alto escalão detido em uma ofensiva contra a suposta máfia na PDVSA, à qual o governo atribui a piora financeira e operacional da empresa, que aporta 96% das divisas do país. Del Pino, que ocupou a presidência da Pdvsa até agosto, quando Martínez assumiu, é acusado de “alteração intencional das cifras de produção de petróleo”, assinalou à imprensa o procurador-geral, Tarek William Saab, ao anunciar as capturas.

Também é acusado de “dano patrimonial” de 500 milhões de dólares, acrescentou Saab. Por isso, enfrenta acusações de peculato doloso, acordo para cometer crimes, incumprimento ao regime de segurança da nação, associação e uso indevido de sistema de informação. Enquanto isso, Nelson Martínez é acusado pela assinatura, em condições irregulares, de um contrato de refinanciamento da dívida da Citgo – filial da Pdvsa nos Estados Unidos – por quatro bilhões de dólares.

Por esse caso já foram detidos o presidente e cinco vice-presidentes da subsidiária. De acordo com o governo, também havia uma propina de 50 milhões de dólares. Segundo Saab, os detidos “disseram que (Martínez) estava ciente das negociações” que “comprometiam” a propriedade da Citgo.

Correio do Povo




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