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sábado 23 novembro 2024
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Boldrini: “A justiça tem que ser como seu nome diz: justa e correta”

                                 Fotos  Maira Dill Radio Planalto
Depois de quase uma hora de interrogatório na manhã desta quarta-feira, o pai do menino Bernardo, médico Leandro Boldrini, falou sobre o dia da morte. Ele contou que chorou ao saber da participação da esposa na morte do filho. Ele confirmou que sabia que a mulher Graciele havia ido a Frederico Westfalen, cidade vizinha a Três Passos, para comprar uma televisão na companhia do garoto. “Pensei que, se estavam indo para Frederico juntos, era sinal de que estavam se dando bem”, relatou Leandro que, anteriormente, disse ao juiz que a esposa e o filho se odiavam.

Segundo o réu, Graciele o comunicou no dia do crime que Bernardo dormiria na casa do amigo Lucas. Leandro teria começado a se preocupar com o sumiço do menino no final da tarde de domingo. “Nosso trato era 19h em casa”, contou. Como a volta para casa no horário combinado não ocorreu, Leandro teria ligado para todos os conhecidos e ninguém havia visto Bernardo. O réu pensou: “pode ser que Bernardo apareça amanhã na escola”. Segundo ele, só procurou a polícia depois de exaurir todas as possibilidades de busca.
Leandro afirmou ainda que só soube da morte do filho quando já estava preso e que questionou Graciele sobre a participação no crime. “Quando me vi algemado e fiquei sabendo do crime, vou ser muito sincero, entrei em desespero. “Eu chorei. Quando eu soube que ela (Graciele) tinha participação, fiquei indignado”, completou. Por volta do meio-dia, ocorreu uma pausa no interrogatório.
Ao final do seu depoimento, Boldrini disse: “lamento os meus erros, errar é humano. Sou uma pessoa esclarecida, jamais compactuaria com uma barbaridade dessas. Eu estou lá há um ano sobrevivendo. A justiça tem que ser como seu próprio nome diz: justa e correta. Eu sou inocente.”




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