Ministro do Planejamento concedeu entrevista para esclarecer sobre vazamento da sua conversa com Sério Machado
Foto: Evaristo Sa / AFP / CP |
Após a divulgação de uma conversa com Sérgio Machado, o Ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou que queria obstruir a Operação Lava Jato e disse que apoia a investigação na política brasileira. “Sempre defendi a Operação Lava Jato. Qualquer político ou empresa envolvidos devem ser investigados e punidos”, respondeu o ministro em entrevista coletiva nesta segunda. “A política terá uma outra história depois da Operação Lava Jato”, complementou.
Jucá explicou que o jornal Folha de São Paulo descontextualizou o tema da conversa que mantinha com Sérgio Machado, e que ele queria era estancar a sangria da economia e o desemprego no Brasil. “Não há nenhum diálogo comprometedor para mim. O que venho dito ao longo dos anos, que é muito importante estancar a sangria da economia e o desemprego no país. Eu espero que a Folha publique o texto todo, pois o que está ali não me compromete”, declarou. “A análise que fiz e comentários que fiz com o senador Sérgio Machado são de domínio público. Disse o que tenho dito permanentemente a jornalistas, em entrevistas e debates”, reafirmou.
O ministro reafirmou o seu apoio à Operação Lava Jato. “Tenho cobrado que a Operação Lava Jato faça a sua parte com rapidez e espero que o Ministério Público se pronuncie o quanto antes sobre as investigações. Há uma nuvem negra sobre a classe política há oito anos. O politico que tiver culpa, deve sair da política.”
Durante a entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o ministro ainda ressaltou as suas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e que o andamento da Operação Lava Jato estava paralisado. “Apoiei a sua retirada e a mudança de governo. Entendi que o governo do PT e da presidente Dilma estava paralisado devido a Lava Jato. Seria impossível de continuar governando deste jeito”, criticou. Jucá ainda respondeu que não tem nada a temer caso seja alvo de alguma investigação. “Não devo nada a ninguém. Se tivesse telhado de vidro, não teria assumido a presidência do PMDB. Se tivesse medo de briga, não teria entrado no processo do impeachment”, afirmou.
Jucá defendeu o atual governo do Michel Temer e que caberá ao presidente decidir o seu futuro. “O meu compromisso é com Ministério do Planejamento, o cargo que me foi dado foi uma decisão do presidente Temer e tenho a sua confiança”, disse. “Há muita coisa para fazer e irei fazê-lo até quando ele decidir que tenho condições de fazer”, finalizou
Correio do Povo